O desafio, hoje, está para a, efetiva, tipificação do crime de pedofilia.
Sugiro a leitura das matérias abaixo, para melhor compreensão das minhas reflexões:
ABUSO SEXUAL
Vaticano confirma abuso sexual no Brasil
Por Rodrigo Ribeiro Rodrigues17/03/2010 13:52h
Vaticano confirma abuso sexual no Brasil após denúncia em programa do SBT
Os casos foram revelados na semana passada, através de imagens captadas por uma vítima de abuso sexual, que recorreu a uma câmara oculta para filmar o padre Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, praticando sexo oral com um menino de coro diante de um altar estado de Alagoas.
A difusão deste vídeo, na semana passada, no programa “Conexão Repórter” do canal de televisão da cadeia SBT, provocou um escândalo no Brasil, país em que 74% dos mais de 190 milhões de habitantes são católicos.
Depois das imagens da relação sexual, o vídeo mostra um grande plano do rosto do padre que, ao aperceber-se de que está sendo observado, pergunta “quem está aí?”.
A reportagem contém igualmente declarações de três antigos rapazes de coro, que contam abusos que sofreram da parte de três padres – entre os quais o sacerdote que aparece no vídeo - da cidade de Arapiraca, a 120km de Maceió, capital de Alagoas.
Um dos jovens que fala na reportagem, agora com 20 anos, tinha 12 anos na altura dos abusos e sublinhou ter sido obrigado a ter relações sexuais com o padre Marques Barbosa “inúmeras vezes”.
O Vaticano reconheceu nesta terça-feira (16) a existência de casos de pedofilia cometidos por padres no Brasil. O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, desmentiu que os envolvidos sejam bispos.
"Eram padres", disse Lombardi, sobre os acusados de abusar coroinhas no município de Arapiraca, interior de Alagoas. O porta-voz também reconheceu que dois dos três religiosos envolvidos possuem título de monsenhor, embora sejam simples padres.
"Foi confirmado que nenhum dos três envolvidos era bispo. Um deles foi afastado da paróquia e será julgado pela justiça civil. Os outros dois foram suspensos de suas tarefas eclesiásticas e estão sendo submetidos a um processo canônico por suspeita de pedofilia, mas até agora negam tudo", disse o porta-voz do Vaticano.
O advogado do padre disse que as relações sexuais filmadas foram consentidas, e o mesmo rejeitou que o caso fosse tratado como pedofilia. Ele ainda acusou os jovens de tentarem extorquir o padre, tendo até assinado documento no qual se comprometiam a não divulgar o vídeo.
Os supostos crimes cometidos no Brasil se somam à série de denúncias contra católicos em diversas partes do mundo. O Vaticano tem acompanhado de perto tais casos e nos últimos meses se reuniu com as cúpulas eclesiásticas da Irlanda e da Alemanha, países em que estão concentradas partes das acusações.
Fonte: Ansa, Cidade Verde e Diário de Noticias/Portugal
Holanda e Áustria: abusos sexuais na Igreja Católica
Por Rodrigo Ribeiro Rodrigues
11/03/2010 11:22h
Autoridades católicas já receberam 350 denúncias de pessoas que teriam sofrido abusos nos anos 50, 60 e 70 na Holanda. Aumentam denúncias na Áustria sobre abusos sexuais.
A Igreja Católica holandesa já recolheu 350 denúncias de pessoas que afirmam ter sofrido abusos sexuais por parte de membros do clero entre os anos 50, 60 e 70, informou nesta quarta-feira, 10, o jornal Volkskrant.
A conferência dos bispos da Holanda decidiu na terça-feira criar uma comissão independente de investigação liderada por um político democrata-cristão de alta categoria, o ex-presidente do Parlamento e ex-prefeito de Haia, Wim Deetman, de confissão protestante.
O escândalo começou no final de fevereiro, quando vários veículos de comunicação divulgaram denúncias de abusos sexuais cometidos supostamente nos anos 60 e 70 em um internato da ordem dos salesianos no leste do país.
Desde então, se multiplicaram as denúncias de supostos abusos cometidos por sacerdotes e freiras em diferentes internatos e colégios do país.
O bispo Gérard de Korte assegurou à imprensa que os padres holandeses estão "profundamente afetados pelas últimas histórias dos abusos sexuais. É uma página escura na história da Igreja Católica", informou a rádio Netherlands.
Áustria
O escândalo de abusos sexuais de menores na Igreja Católica ganha força após um padre austríaco ter confessado ter abusado de dezenas de crianças nas décadas de 1970 e 1980.
O padre capuchinho Johannes Stocker deixou hoje seu posto após confessar haver abusado e assediado sexualmente vários menores nos anos 70 e 80.
Stocker reconheceu ter abusado de cerca de 20 crianças, conforme comunicado do bispo de Eisenstadt, Paul Iby.
O anúncio foi feito hoje, poucas horas depois de o semanário "Falter" publicar uma matéria em que três homens relatam com detalhes as agressões que sofriam de Stocker.
O jornal critica especialmente a política da Igreja, em especial a atitude do bispo Iby. Confrontado há dez anos com as acusações contra o padre, ele se limitou a recomendar ao sacerdote duas sessões com uma psicóloga.
Outro sacerdote, de 74 anos, também reconheceu ter abusado de vários adolescentes em um internato privado do mosteiro de Mehrerau. Ele foi forçado a entrar em férias e permanece "sob observação" das autoridades eclesiásticas, informou a diocese da cidade austríaca de Innsbruck.
"A onda chegou à Áustria", destacou o diário "Die Presse". O jornal faz eco ao número crescente de casos de pedofilia nos institutos católicos austríacos que, acontecidos em sua maioria há três ou quatro décadas, saíram à luz nos últimos dias.
As revelações fizeram as denúncias contra as dioceses do se multiplicarem. Este ano foram registradas 12 acusações apenas em Viena, mesmo número que em todo o ano de 2009. Em Graz, a segunda maior cidade do país, já são 11, o que corresponde a soma de todas as denúncias dos últimos quinze anos.
Segundo a televisão pública "ORF", espera-se que o número de casos aumente, já que agora as vítimas encontraram o clima para contar o que passou.
Até o momento, apenas um sacerdote acusado foi punido e afastado da Igreja. Os demais só mudaram de posto.
A reação a esse tipo de denúncia depende de cada diocese. Se o caso não está prescrito e a vítima estiver de acordo, é possível comunicar a Polícia.
As autoridades austríacas encontraram cerca de 400 arquivos com pornografia infantil em um computador de um sacerdote da Baixa Áustria.
O caso, cuja investigação começou em meados de fevereiro, será levado à justiça. Segundo o jornal "Kurier", o padre se retirou para um mosteiro onde recebe tratamento psicológico.
Fonte: EFE/ Estadão/ G1
************************************************************************************** 'Padres não são pedófilos, são gays', diz Vaticano
Por Carlos Lima
03/10/2009 06:00h
Vaticano diz que padres homossexuais são atraídos por adolescentes
Em resposta a um feroz ataque da União Internacional Humanística e Ética (UIHE) sobre os abusos sexuais cometidos por sacerdotes, proferido durante uma reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o arcebispo Silvano Tomasi, representante permanente do Vaticano nas Nações Unidas, defendeu que "não se deve falar de pedofilia, mas de homossexuais atraídos por adolescentes".
"De todos os padres implicados em abusos, entre 80% a 90% pertencem à minoria sexual que pratica a ebofilia, isto é, que tem relações com rapazes entre os 11 e os 17 anos", afirmou arcebispo Tomasi, segundo o qual a Igreja Católica "está a tratar da limpeza da sua própria casa". O prelado recordou ainda um estudo publicado pelo Christian Science Monitor, no qual se conclui que nos EUA as congregações mais afectadas por abusos sexuais a crianças foram as protestantes.
As declarações do representante do Vaticano na ONU são uma resposta às acusações de Keith Porteous Wood, da UIHE. Este acusou a Igreja Católica de não cumprir as suas obrigações ao abrigo da lei internacional e apelou para que ela obrigasse as dioceses a reportarem todas as alegações de abusos às autoridades seculares. Adiantou que as vítimas são por vezes acusadas de mentir e frequentemente os abusadores são transferidos para outras posições, sem serem punidos.
Fonte: Correio da Manhã - Sabrina Hassanali
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