Um projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (DEM) ameaça a realização da 14ª Parada Gay de São Paulo, marcada para 6 de junho. O texto entregue por Apolinário nesta terça-feira tenta impedir que o evento ocorra na Avenida Paulista, propondo que a organização seja transferida para o Campo de Marte, localizado na Zona Norte da cidade. A proposta entra na pauta de votações da Câmara dos Vereadores nesta quarta-feira.
Apesar das reclamações de que o evento atingiu dimensões incompatíveis com as condições da via, reunindo mais de 3 milhões de pessoas, o prefeito Gilberto Kassab confirmou a Paulista como trajeto da Parada Gay. A Polícia Militar e o Ministério Público Estadual também se manifestaram contra a repetição do local do evento após a morte de uma pessoa e a explosão de uma bomba que causou ferimentos em 30 pessoas em 2009.
Apolinário argumenta que o desfile pode ocorrer no Campo de Marte a exemplo da Marcha para Jesus e da festa do Dia 1º de Maio. O vereador reforça as críticas de que as forças de segurança mobilizadas para a parada (cerca de 2 mil policiais) são insuficientes para garantir a ordem em uma avenida "cheia de leitos hospitalares".
Em comunicado, a prefeitura informou que a Parada Gay cumpre as exigências previstas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Estadual. Kassab nomeou uma comissão para "tomar as medidas pertinentes" para garantir a segurança e ordem no evento.
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MINHAS REFLEXÕES
Na realidade, a proposta mencionada no artigo acima é o Projeto de Lei nº 98/2010, protocolado na Secretaria Geral Parlamentar da Câmara Muniicpal de São Paulo, na data de ontem (23/03/2010); se tiver quorum, deve ser lido hoje para, após trâmite de praxe, entrar na pauta de votação, mas já está dando o que falar.
É isso aí Apolinário, se a Marcha e as comemorações do dia 01/05 ocorrem na região do Campo de Marte, porque exclusividade da Parada Gay na Paulista?
Será que é por que também reúne um número alto de pessoas que podem expor a candidatura do prefeito Kassab ou seu sucessor? Será?Não estou discutindo o mérito, o evento em si, mas a discriminação dos demais em face deste.
Penso que o povo de São Paulo, seja por seus representantes ou não, deve se manifestar contra qualquer exclusividade, já que a Paulista é um bem de todos e os eventos que ali acontecem devem ser de interesse da coletividade. É sabido que os moradores, pacientes de vários hospitais, transeuntes e motoristas são prejudicados com o acontecimento de eventos de grande porte naquela região, inclusive houve óbito no último evento da parada gay, o que demonstra que não há como controlar tamanho acúmulo de pessoas. Sendo assim, pergunta-se:
Será que, diante dos fatos, já tão cristalinos, ainda é necessária a formação de uma comissão para estudar se deve ou não acontecer o evento parada gay? Por que o Prefeito Kassab ainda procrastina tanto a decisão de não permitir a ocorrência deste evento?
Realmente, era preciso que o Legislativo de São Paulo se pronunciasse a respeito, a fim de fazer valer o animus da coletividade!!
Parabéns aos Vereador Apolinário, que mesmo sendo do partido do Prefeito, não “amarelou”!!
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