25 de fevereiro de 2010 • 16h52 • atualizado às 17h04
A edição desta semana da revista britânica The Economist traz um artigo em que afirma que os altos custos das campanhas políticas no Brasil, aliados a regras de financiamentos eleitorais "estritas de maneira irrealista", são a origem de muitos dos escândalos de corrupção no País.
A revista cita o recente caso envolvendo o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e brinca ao afirmar que "no Brasil, quando dinheiro, política e escândalos se encontram, há geralmente uma câmera em algum lugar para fazer com que qualquer declaração de inocência se esvazie".
Afirmando que o "Brasil provavelmente não é mais corrupto que países de tamanho e riqueza similares" - com resultados melhores em índices de percepção da corrupção que Índia, China e Rússia -, a Economist diz que os escândalos no País costumam ser investigados por uma imprensa "agressiva e competitiva" e instituições fortes como o Ministério Público.
Citando informações da ONG Transparência Internacional, a publicação diz que, embora parte do dinheiro da corrupção seja usada em propinas, a maior quantidade vai para financiamentos de campanhas, cujas regras no Brasil são bastante estritas.
Como exemplo dessas regras duras, a revista cita a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, depois suspensa pela Justiça. A Economist também afirma que as campanhas no Brasil são muito caras, devido ao tamanho dos distritos eleitorais e a uma cultura entre empresas de que é necessário fazer doações a políticos de todas as tendências, como forma de ficar bem com o governo.
Para a revista, a visão de que a prisão de Arruda representa um progresso no combate à corrupção é "otimista". Além disso, a publicação sugere que ele só foi preso por governar o Distrito Federal, que é "pequeno", e representar um partido, o DEM, "cuja importância está diminuindo".
"Uma lição mais prática do episódio (Arruda) para os aspirantes a políticos pode ser a de checar vasos, malas e móveis para ver se há câmeras escondidas antes de lidar com grandes maços de dinheiro", diz a revista.
Fonte: Portal Terra
BBC Brasil - BBC BRASIL.com
MINHAS REFLEXÕES:
Primeiro, artigo tratando de corrupção no Brasil, publicado em revista britânica é, no mínimo, "uma vergonha"!
A edição desta semana da revista britânica The Economist traz um artigo em que afirma que os altos custos das campanhas políticas no Brasil, aliados a regras de financiamentos eleitorais "estritas de maneira irrealista", são a origem de muitos dos escândalos de corrupção no País.
A revista cita o recente caso envolvendo o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e brinca ao afirmar que "no Brasil, quando dinheiro, política e escândalos se encontram, há geralmente uma câmera em algum lugar para fazer com que qualquer declaração de inocência se esvazie".
Afirmando que o "Brasil provavelmente não é mais corrupto que países de tamanho e riqueza similares" - com resultados melhores em índices de percepção da corrupção que Índia, China e Rússia -, a Economist diz que os escândalos no País costumam ser investigados por uma imprensa "agressiva e competitiva" e instituições fortes como o Ministério Público.
Citando informações da ONG Transparência Internacional, a publicação diz que, embora parte do dinheiro da corrupção seja usada em propinas, a maior quantidade vai para financiamentos de campanhas, cujas regras no Brasil são bastante estritas.
Como exemplo dessas regras duras, a revista cita a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, depois suspensa pela Justiça. A Economist também afirma que as campanhas no Brasil são muito caras, devido ao tamanho dos distritos eleitorais e a uma cultura entre empresas de que é necessário fazer doações a políticos de todas as tendências, como forma de ficar bem com o governo.
Para a revista, a visão de que a prisão de Arruda representa um progresso no combate à corrupção é "otimista". Além disso, a publicação sugere que ele só foi preso por governar o Distrito Federal, que é "pequeno", e representar um partido, o DEM, "cuja importância está diminuindo".
"Uma lição mais prática do episódio (Arruda) para os aspirantes a políticos pode ser a de checar vasos, malas e móveis para ver se há câmeras escondidas antes de lidar com grandes maços de dinheiro", diz a revista.
Fonte: Portal Terra
BBC Brasil - BBC BRASIL.com
MINHAS REFLEXÕES:
Primeiro, artigo tratando de corrupção no Brasil, publicado em revista britânica é, no mínimo, "uma vergonha"!
A citação do caso Arruda e a brincadeira relacionada a câmera pode trazer a idéia de que o brasileiro está esperto - prefiro receber como uma noticia não tão ruim assim;
Se comparado a India, China, Rússia, o Brasil é menos corrupto, parece que temos grandes concorrentes (que horror!!);
Se comparado a India, China, Rússia, o Brasil é menos corrupto, parece que temos grandes concorrentes (que horror!!);
Em meio a tanta vergonha, vemos o reconhecimento à nossa "agressiva e competitiva" imprensa, bem como ao nosso "forte" Minsitério Pùblico e às Organizações Não Governamentias que estão atentas à tudo!
E o que dizer do comentário relacionado à nossa legislação eleitoral? Mais uma vez prefiro receber como elogio a parte trata do financiamentos de campanhas,quando menciona que "as regras são bastante estritas".Pensando pelo sinônimo restritas, as leis seriam limitadas, cerceadas... sei lá, talvez sob esta ótica não seria tão bom assim né?rs...
A citação da "Kassação" e posterior suspensão pela justiça, soa como um Estado que "ora sabe o que quer, outrora não...", mas é amenizada pela idéia de que "as campanhas são muito caras devido ao tamanho dos distritos eleitorais" só que, na sequência, menciona as doações de empresários têm essa postura para ficar "de boa" com o governo (puxa, "estava indo tão bem"!!)
E, para "fechar com chave de ouro", desvaloriza a prisão do Arruda, sem nem olhar como um marco a prisão de um governador que estava em exercício; e, finalizando, aconselha os "Arrudas" a checarem "vasos, malas,..." na busca das maldosas câmeras escondidas causadoras de todos esses males!
E, para "fechar com chave de ouro", desvaloriza a prisão do Arruda, sem nem olhar como um marco a prisão de um governador que estava em exercício; e, finalizando, aconselha os "Arrudas" a checarem "vasos, malas,..." na busca das maldosas câmeras escondidas causadoras de todos esses males!
Será, mesmo, que lá fora as pessoas precisavam saber de tudo isto? No Brasil, aprendemos que "roupa suja se lava em casa", justamente para "não pagar este mico"!! Prefiro ficar com a imagem da decolagem do "Cristo Redentor", no aspecto econômico!
Fazer o que né??rs...
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