Quem sou eu

Terra da Garoa, SP, Brazil
Teresinha de Almeida Ramos Neves, para os familiares e amigos Tê ou Téka, profissional do Direito e da Ciência Política. Casada, mãe de três lindas filhas.De 1987 a 2008 trabalhei na Câmara de São Paulo, passando por todos os cargos de gabinete. Em 2008, um importante projeto político me levou à Câmara Municipal de Guarulhos onde ocupei os cargos de Diretora de Licitações e Contratos e Diretora de Comunicação e TV Câmara. Em 2012 fui candidata a vereadora por São Paulo e agraciada com a confiança de 5.645 cidadãos desta linda cidade. Voltei à Câmara de São Paulo, no gabinete do Vereador Pastor Edemilson Chaves, onde exerço a função de assessora jurídico-legislativo. Sou amante de bons livros, eclética por natureza, sonhadora por decisão e conquistadora pela graça de Deus. Apaixonada pela vida, não me canso de agradecer pelos obstáculos que me permitem crescer. Amo os amigos e busco a conquista dos possíveis inimigos. Não me agrado da inércia (estagnição, inatividade, apatia, preguiça) e nem da indolência (distância, frieza, desleixo, negligência) mas prezo pela excelência e pela dinâmica da vida. Minha família, minha razão; Jesus, minha maior inspiração!

JULGAMENTO INJUSTO? APEDREJAMENTO DA IRANIANA SAKINEH - "quem não tiver pecado, atire a primeira pedra"


Dilma condena apedrejamento da iraniana Sakineh

Da BBC, via blog do Noblat

A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira ser "radicalmente contra" o apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani, acusada de adultério e homicídio em seu país.
"Eu não tenho nenhum status oficial para fazer isso, mas (...) acho uma coisa muito bárbara o apedrejamento da Sakineh", afirmou Dilma.
"Mesmo considerando os usos e costumes de outros países, continua sendo muito bárbaro."
Mais cedo, a ativista iraniana Mina Ahadi, porta-voz do Comitê Internacional contra Apedrejamento (Icas, na sigla em inglês), disse esperar que a presidente eleita intervenha para tentar evitar a execução de Sakineh.
"Dilma é mulher e conhece bem os problemas enfrentados por mulheres", disse Mina, por telefone, à BBC Brasil.
A execução de Sakineh estava marcada para esta quarta-feira, mas não ocorreu, segundo o Icas. Com a pressão internacional contra o apedrejamento, a iraniana pode ser executada por enforcamento.
Questionada sobre a relação do Brasil com o Irã, a futura presidente disse que o diálogo continuará com todos os países do mundo.
"Nós não temos nenhuma política de agressão, de violência. Nós defendemos a paz. Aqueles que dialogarem conosco em paz, serão recebidos em paz."
Dilma disse que tem uma "posição intransigente" quanto aos direitos humanos. Ela se disse favorável a manifestações que conduzam a uma melhoria nesta área, "mas não necessariamente estrondosa".
"Muitas vezes, para conseguir melhoras nos direitos humanos, você tem de negociar", afirmou Dilma.
Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, Dilma disse que, em relação aos demais países em desenvolvimento, a sua linha de atuação seguirá, "sem sombra de dúvida", idêntica à conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "até porque o Brasil progressivamente está virando uma potência regional".

Saiba mais sobre o caso Sakineh e veja o apelo da equipe da ONG Avaaz:

Caros amigos,

Hoje, Sakineh Ashtiani poderá ser executada pelo Irã.

Nosso protesto mundial impediu que Sakineh fosse apedrejada injustamente em julho. Agora temos 12 horas para salvar a vida dela.
Os aliados do Irã e as principais autoridades da ONU são nossa maior esperança: eles podem convencer o Irã do sério custo político desse assassinato de uma figura com alta exposição na mídia. Clique no link abaixo para enviar a eles um pedido urgente de mobilização e encaminhar este e-mail a todo o mundo. Você só gastará três minutos. A última esperança de Sakineh somos nós

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

O caso de adultério de Sakineh é um trágico embuste cheio de violações de direitos humanos. Primeiro, ela foi condenada à morte por apedrejamento. Porém, o governo iraniano teve de anular a sentença depois que os filhos dela conseguiram gerar um enorme protesto contra aquele julgamento ridículo; Sakineh não domina a linguagem usada nos tribunais e os alegados incidentes de adultério aconteceram após a morte do marido dela.
Em seguida, o advogado dela foi forçado a se exilar e a acusação conseguiu inventar uma nova queixa falsa que justificaria a morte de Sakineh: o assassinato do marido dela. Apesar de isso configurar um caso de “non bis in idem” (dois julgamentos pelo mesmo crime), pois ela já está cumprindo pena por suposta cumplicidade nesse crime, Sakineh foi torturada e exibida em rede de televisão nacional para “confessar” e acabou sendo julgada culpada. O regime já prendeu dois jornalistas alemães, o advogado e o filho de Sakineh, que tem corajosamente liderado a campanha internacional para salvar a mãe. Todos continuam na prisão. O filho e advogado de Sakineh também têm sido torturados e estão sem acesso a advogados.
Agora, ativistas de direitos humanos iranianos afirmam que acaba de ser emitido um mandado de Teerã para executar Sakineh imediatamente. Ela está na lista e hoje é o dia da execução.
Campanhas persistentes fizeram o Irã anular a sentença de apedrejamento de Sakineh e atraíram a atenção de dirigentes de países que exercem influência sobre o Irã, como a Turquia e o Brasil. Agora, vamos todos erguer nossas vozes com urgência para impedir que Sakineh seja executada e sofra tratamento desumano e para libertar a própria Sakineh, seu filho e advogado e os jornalistas alemães. Envie uma mensagem para divulgar este pedido de emergência com amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

Um grande protesto público tem a autoridade moral para impedir crimes atrozes. Vamos usar as 12 horas que temos para enviar uma mensagem clara: o mundo está de olho no Irã e todos estamos unidos para salvar a vida de Sakineh e contra a injustiça em qualquer lugar do mundo.

Com esperança e determinação,

Alice, Stephanie, Pascal, Giulia, Benjamin e toda a equipe da Avaaz

MINHAS REFLEXÕES:
É sabido que os Estados/Nação são independentes, cada um tem seus costumes, seu ordenamento jurídico e, em regra, não se pode interferir; no entanto, em se tratando de Direitos Humanos, existe a possibilidade de espernear, com base na Declaração Universal de Direitos Humanos, porém, ressalta-se a necessidade de o País signatário ter ratificado o documento...

Mas, independente de qualquer ratificação – recepção da norma, possíbilidade política de reverter o quadro de Sakineh, é muito difícil, para nós seres humanos, nos calar diante de um julgamento apresentado como injusto. Certo é que não estamos acompanhando esta causa de forma que nos permita opinar com precisão mas, considerando que vivemos em um País onde se preza pela proteção à Vida, não dá para fecharmos os olhos!
Vejo-me lá no texto bíblico de João 8: 1-11, onde a norma em vigor era a “Lei de Moisés”, que tinha regras severas sobre sexualidade. O castigo para o adultério, também, era a morte por apedrejamento, tanto para o homem quanto para a mulher (Levítico 20:11). Eram dignos de pena de morte: o adultério, o incesto, a homossexualidade e a bestialidade – as leis israelitas levavam a santidade do casamento muito a sério (Gênesis 2:24).
Lembrando um pouco a história da “mulher adúltera”, vemos que foi apanhada em flagrante imoralidade sexual e, conforme já dito, a lei mosaica proibia o adultério. Percebemos que podemos ver alguma similaridade entre Sakineh e aquela mulher, no que diz respeito a violação de direitos humanos e a justiça no julgamento. A lei previa que o homem e a mulher deveriam receber a mesma pena, no entanto, a mulher adúltera estava sendo condenada sozinha. Jesus, ao ser confrontado pelos escribas e fariseus, sabia que eles tinham a intenção de fazê-lo decidir entre o cumprimento da lei e o seu amor misericordioso (que lhes incomodavam). Vemos que, na maioria das vezes, este tipo de julgamento envolve interesses alheios a, efetiva, realização da justiça. Sobressaem os interesses ligados a alma, relacionados com a falta de perdão, amargura, orgulho, soberba, manipulação... mas Jesus, o homem mais inteligente que conheci, não deu o seu veredicto, pelo contrário, “passou a bola”, com toda a categoria de um rei, e disse aos escribas e fariseus: “Aqueles que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra”(João 8:7) e aguardou, com a cabeça inclinada. Lembro que a lei judaica determinava que a testemunha atirasse a primeira pedra, em caso de pecado capital. Quando Jesus levantou a cabeça perguntou à mulher adúltera: “onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” respondeu ela: “Ninguém Senhor!”. Então Jesus lhe disse: “Nem eu tampouco te condeno: vai e não peques mais”.

Jesus fez que os religiosos escribas e fariseus tivessem uma diferente interpretação da lei, esclarecendo que o cerne era não permitir pecados. A postura de Jesus fez-lhes lembrar dos seus próprios pecados e de suas violações à “Lei de Moisés”. Lá no fundo do coração, cada um deles sabia que, em razão de seus pecados, também, mereciam sentença de morte.

Aqui, sim, vemos o equilíbrio, imprescindível para a feitura da justiça, sendo aplicado! Como haveria, ele, de permitir que pecadores julgasse outro pecador, como se estivessem isentos de tal pena? Percebam que Jesus vislumbrou vícios na tramitação do processo de julgamento da mulher adúltera e o sanou, no momento oportuno.

Em outras palavras, Jesus procurou mostrar que é preciso aprender a perdoar, olhar no espelho, avaliar os nossos erros e acusar somente se estivermos “puros de mãos e limpos de coração”. Daí o AMOR INCONDICIONAL DE JESUS, que, por vezes, tanto incomoda a humanidade!!! Esta foi a razão de sua crucificação, Ele confrontou normas, por conta deste amor, e foi condenado pelas trangressões daquele povo que, hoje, simboliza os nossos pecados! Quem teria tal coragem, só por nos amar?? À Ele não importava costumes, normas, mas a vida! Por isso morreu, mas ressuscitou e está entre nós, em espírito, nos conduzindo e ensinando a amar com o seu amor!
Sobre o caso da Iraniana Sakineh, não quero avaliar o mérito porque, conforme já dito no início, não estivemos in loco analisando os autos para ter a certeza dos fatos, mas quero seguir o pensamento de Jesus, no que diz respeito a proteção da dignidade humana, na proteção da vida. Se ela já cumpre pena por suspeita de participar como cúmplice na morte de seu marido, para que mais uma pena que lhe faça pagar com a vida? Não seria melhor deixá-la refletir sobre seus atos (se é que existiram) e rever conceitos? Isto sim seria ensiná-la, tal como Jesus fez aos escribas e fariseus! Após o cumprimento da pena poderá reavaliar seus atos e entender a mensagem de Jesus: “Vai e não peques mais”!!!
Pagar com a vida seria, realmente, uma barbárie, uma agressão imensurável aos Direitos Humanos, um retrocesso irreparável!!!

Oremos por Sakineh, pelas autoridades de seu País, para que Deus tenha misericórdia de suas vidas, para que os livrem de tanto ódio, tanta mágoa, tanta falta de amor!!!

Agradecemos à Deus por morarmos no Brasil, pelo entendimento dos nossos governantes, pela preocupação em respeitar a vida! Sabemos que, ainda, há muito a ser feito, mas lembramos que nosso País está em processo de avanço e não de retrocesso e, neste aspecto, podemos e devemos nos alegrar!

Continuemos orando pelo nosso País!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário