1. Qual o conceito de prosperidade?
R: Prosperidade, no sentido bíblico, é a medida das bênçãos de Deus, segundo Sua vontade.
2. Prosperidade é sinônimo de riqueza material?
R: Não. A riqueza material poder ser somada na prosperidade, mas não é sinônimo, senão estaríamos frente a uma teologia capitalista e este não é o propósito de Deus para as nossas vidas, quando prosperamos materialmente.
Prosperidade é SER e não TER. É muito mais do que acréscimo material, não se trata apenas de “ter muito dinheiro”, ter “ótima saúde”, “ter poder”, mas possuir sabedoria, dons, família - marido abençoado, filhos obedientes e fiéis a Deus, honras, paz, segurança, etc.
Alguns termos bíblicos descrevem a prosperidade como “bênçãos”, “bem-aventurado”, “colheita”, “abundância”, “prosperar”, o que, por vezes, nos levam a pensarmos em prosperidade como acréscimo material, mas tal entendimento não corresponde com a vontade de Deus para nós.
3. Qual seria a prosperidade que Deus tem para os seus filhos?
Penso que podemos, sim, sermos prósperos nos aspecto material, no entanto se este prejudicar ou inviabilizar o projeto de Deus para as nossas vidas, retiro meu entendimento inicial.
4. Qual seria, então, o projeto de Deus para as nossas vidas?
Nós fomos feitos para o louvor da Sua Glória e para que “vades e deis frutos e esse frutos permaneçam”, ou seja, o evangelho existe para que as almas humanas sejam salvas.
Se conseguirmos conciliar a nossa riqueza e/ou prosperidade material com o propósito principal de Deus para nós, entendo que não há óbice, da parte de Deus, mas esse seria o nosso maior desafio, porque as questões materiais prendem mais a nossa atenção do que as espirituais, não é mesmo? Quem não enche os olhos com um excelente emprego, promoção, presentes, carros, casas, passeios, conforto, luxo, ótimos restaurantes, posição social, poder...?
Em Mateus, c13v1-9 lemos a “parábola do semeador”, bem conhecida e que nos adverte a ouvirmos, com a mente e o coração, a palavra de Deus, mas quero me atentar, em especial, ao verso 8, que transcrevo: “Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um” (grifo nosso).
Grifei “boa terra” porque quero fazer uma analogia da “parábola do semeador” com o tema prosperidade.
Mencionei, anteriormente, que a prosperidade não é sinônimo de acréscimo/riqueza material e, para que se faça boa compreensão desse tema, é preciso que a semente, que é a palavra de Deus, caia em “boa terra”. E o que ou qual seria a “boa terra”? A boa terra é o coração, portanto, se ouvirmos a palavra de Deus, não apenas com os nossos ouvidos, mas com a mente de Cristo e com o coração, cairá a semente em “boa terra”, logo, a compreensão da palavra se dará em 100% e a semente, certamente frutificará.
Mas, o que tem a ver a semente frutificar com a prosperidade? Penso que não é tão difícil responder a esta pergunta, no entanto a faço afastando, um pouco, a teologia da prosperidade tão pregada por denominações que não buscam o bom senso, o equilíbrio, mas dão conta de uma prosperidade tão tamanha que, senão ocorrer, a pessoa está em pecado ou outro que lhe faça por justificativa.
Frutificar é prosperar, aliás, é essa a vontade de Deus para nós – enquanto frutificamos, prosperamos material e espiritualmente.
Quero compartilhar aqui um trecho de um artigo do pastor Arlindo Barreto (o conhecido palhaço Bozo – www.guiame.com.br) que na sua sabedoria por tudo o que já viveu, aprendeu a encontrar o equilíbrio no entendimento da palavra de Deus. Diz ele “na minha leitura pessoal – o grande milagre não é o mar aquietar-se e acalmar-se e o vento tornar-se em brisa. O grande milagre é conseguir dormir no meio da tempestade”. Nesse aspecto me lembro do livro de Mateus, verso 25 que diz: “não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
Mas faço, aqui, uma reflexão: e no texto que trata da tempestade mencionada pelo pastor Arlindo, o que estava em risco não era, exatamente, a vida e o corpo? E agora? E agora respondo: é preciso atentar para o verso 33 do mesmo capítulo: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”; também para Romanos 8:28 “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, ou seja, buscar o senhor e deixar ele decidir o que fazer, ou seja, descansar, dormir.
Continuo observando o entendimento do ilustre pastor que também analisa “o vale da sombra de morte” e reflete sobre um Deus companheiro em todas as situações. Diz ele: “não é um Deus que nos livra do vale da sombra da morte. Mas que atravessa o vale da sombra da morte conosco. Se você no meio do vale da sombra da morte disser - Deus não dá para o Senhor tirar essa sombra de cima da gente? Deus responderá assim - Olha meu filho(a), tirar a sombra não é o mais importante. O mais importante é tirar o medo de dentro do seu coração. Porque quando eu tirar o medo do seu coração - você vai atravessar o vale da sombra da morte e nem vai perceber a sombra. Agora se eu tirar a sombra - você vai continuar um medroso. E a próxima vez que a sombra aparecer você vai ter medo novamente..E você não vai crescer nunca - Não olhe para sombra - olhe para mim. Não fale comigo sobre o que eu posso fazer a respeito da sombra. Fale comigo o que eu posso fazer dentro de você, no seu coração, na sua consciência, na sua vida para torná-lo melhor”.
Penso que para entender a prosperidade é preciso aprender a analisar os detalhes mais simples; o que para muitos são as exceções, para mim são as regras; é preciso aprender a eleger as prioridades, a começar pelo nosso “bem-estar”. Se eu tenho um Deus, uma linda família, dons, sabedoria, paz, segurança, serei muito mais próspera do que muitos homens e mulheres titulares de grandes posses que, de tão grande, não conseguem administrá-las; se conseguem, não têm tempo para usufruírem dos respectivos bens.
Por outro lado, somar a prosperidade material com a espiritual seria, em tese, o ideal, mas é preciso encontrar o equilíbrio, lembrando que Deus não divide a sua glória com ninguém, logo, entender que tudo o que temos e somos provém de Deus é o grande segredo, então, à Ele toda honra, glória e majestade!