Há uma crença muito difundida de que beber um grande volume de água diariamente traz benefícios para a saúde. Os partidários dessa “lenda” chegam a quantificar a orientação, indicando que se deve ingerir no mínimo dois litros por dia, o equivalente a oito copos. Além de produzir um sentimento de culpa naqueles que não conseguem alcançar essa meta – especialmente em épocas de frio, quando se sente menos sede -, a recomendação é equivocada e pode produzir mais danos do que os pretensos benefícios perseguidos.
“A quantidade necessária de água a ser consumida é controlada pelo cérebro, que dispõe e processa as informações transmitidas por receptores existentes em todo o organismo”, explica o fisiologista Diego Leite de Barros, do Sport Check-Up do HCor. É um mecanismo sensível que encontra na sede o indicador mais preciso e confiável da quantidade de água necessária. O organismo tem, portanto, a capacidade de se autorregular, pois a falta ou o excesso de água podem produzir danos às células e ao organismo de modo geral.
A ingestão de água tem também a finalidade de diluir o sal que é consumido com os alimentos. Quando se ingere água em excesso, corre-se o risco de reduzir as taxas de sódio no organismo, o que pode provocar tremores, confusão mental e perda de memória. As células do cérebro podem igualmente se ressentir dessa água em demasia.
O estabelecimento de um volume obrigatório de água a ser ingerido diariamente, mesmo quando não se está com sede, é recomendado em casos específicos, como pessoas propensas à formação de cálculos renais – “pedras nos rins”-, crianças pequenas ou idosas que, eventualmente, podem não sentir ou manifestar a sua sede.
Mesmo durante a atividade física a ingestão de líquidos deve obedecer aos sinais emitidos pelo organismo. “O excesso de água durante o exercício muitas vezes pode diluir e provocar a eliminação de certas substâncias, como vitaminas, sódio e sais minerais, que são essenciais para o funcionamento equilibrado do organismo”, ressalta o fisiologista do HCor.
A reposição de líquidos é, sem dúvida, um cuidado muito saudável, que não deve ser negligenciado. Entretanto, como em todas as situações, o excesso carrega também seus riscos, mesmo que esse excesso seja de uma substância como a água, sempre associada à saúde.
Por: HCor
Fonte: www.hcor.com.br
MINHAS REFLEXÕES:
Achei importante compartilhar esta informação.
Há uma cultura que nos leva a beber muuita água, porém, há de se observar as importantes dicas, neste artigo do Hospital do Coração de São Paulo.
Fiquemos atentos!
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