03 de janeiro de 2011 23h 00
Por: Vera Rosa, Christiane Samarco, João Domingos e Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
Temor da presidente é que a disputa partidária contamine votações relevantes no Congresso
Na iminência da primeira crise política de seu governo, a presidente Dilma Rousseff agiu rápido para tentar conter a revolta do PMDB por conta da disputa com o PT pelos cargos importantes do segundo escalão do governo federal. Na reunião da coordenação política nesta segunda-feira, 3, no Palácio do Planalto, com os novos ministros, Dilma decidiu suspender a definição de cargos do segundo escalão até a eleição das presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro. A presidente também acionou o presidente do Senado, José Sarney (AP), para tentar conter a rebelião no partido aliado.
Por: Vera Rosa, Christiane Samarco, João Domingos e Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
Temor da presidente é que a disputa partidária contamine votações relevantes no Congresso
Na iminência da primeira crise política de seu governo, a presidente Dilma Rousseff agiu rápido para tentar conter a revolta do PMDB por conta da disputa com o PT pelos cargos importantes do segundo escalão do governo federal. Na reunião da coordenação política nesta segunda-feira, 3, no Palácio do Planalto, com os novos ministros, Dilma decidiu suspender a definição de cargos do segundo escalão até a eleição das presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro. A presidente também acionou o presidente do Senado, José Sarney (AP), para tentar conter a rebelião no partido aliado.
O temor da presidente é que a disputa partidária contamine votações relevantes no Congresso e, sobretudo, crie um clima de revanche nas definições dos comandos no Congresso. A revolta do PMDB é tão grande que ontem o partido boicotou as cerimônias de transmissão de cargo dos ministros petistas Alexandre Padilha (Saúde), Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
Convocado por Dilma na emergência da disputa, Sarney marcou para hoje uma reunião em sua casa, a partir das 11 horas, com o vice-presidente da República, Michel Temer, os líderes na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), e líderes como o senador eleito Eunício de Oliveira (CE) e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ).
Prioridade
A disputa partidária foi discutida ontem na primeira reunião da coordenação política convocada por Dilma. Em duas horas e meia de conversa, a presidente cobrou maior diálogo entre os partidos e priorizaram a questão econômica como principal tema de governo. Ao final da reunião, o ministro Luiz Sérgio minimizou a crise entre o PMDB e o PT. "Com toda sinceridade, não estamos vendo o que alguns órgãos estão noticiando de crise. A relação com o PMDB está muito boa", afirmou o petista.
Gestos
Da parte do governo, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, está prometendo aos peemedebistas que, apesar da perda de cargos importantes, eles serão recompensados com outros de orçamentos semelhantes. O PT tomou do PMDB a Secretaria de Atenção à Saúde (orçamento de R$ 45 bilhões), os Correios (R$ 12 bilhões) e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa, orçamento de R$ 5 bilhões).
"Tudo se resolverá no seu tempo e à sua maneira", disse Michel Temer a respeito da indignação do PMDB. "Vai depender de conversações, reuniões e postulações", afirmou ele, que ontem teve um encontro com Palocci. Temer tem procurado demonstrar que estará ao lado de Dilma, mas que não abandonará o seu partido. Tanto é que, em vez de renunciar à presidência do PMDB, ele apenas se licenciou do cargo por quatro meses. A direção do PMDB estabeleceu prazo de 48 horas para que se restabeleça o diálogo com o PT.
Recados
O primeiro recado claro do PMDB ontem foi para Alexandre Padilha, que assumiu a Saúde ignorado por peemedebistas. Padilha foi apontado como mentor do corte de cargos do partido no segundo escalão.
O outro recado foi para Luiz Sérgio, que assumiu o lugar de Padilha e será o responsável direto no governo Dilma pela interlocução com o Congresso, tratando da liberação de emendas orçamentárias e de outros recursos federais.
Na solenidade de posse de Luiz Sérgio, só dois peemedebistas desavisados apareceram. Um deles, o ex-senador Sérgio Machado, que preside a Transpetro. O outro, o deputado Geraldo Rezende (MS), não pertence à cúpula do partido.
O boicote foi mantido durante todo o dia. Vários peemedebistas prestigiaram a posse de Garibaldi Alves Filho na Previdência, e, embora estivessem a menos de 50 metros de distância do prédio onde Alexandre Padilha tomaria posse, não se preocuparam em fazer o ligeiro trajeto.
MINHAS REFLEXÕES:
MINHAS REFLEXÕES:
Posto este artigo para mostrar que não é fácil montar a equipe de governo, governar,...!
É preciso agradar a “gregos e troianos”... São tantos interesses, intenções, cada um defendendo o seu, que só pode gerar este tipo de pressão! Mas fazer o que né? É só assim que se consegue a melhor resposta!!
O povo costuma criticar o governo, dizem que não fazem nada, que é moleza, mas não é bem assim! É preciso muito “jogo de cintura” para fazer ajustes assertivos!
Uma missão que não é para qualquer um! Tem de saber transitar no meio de tantos “cobras” e, ainda, impor respeito! Aqui está o grande desafio da nossa presidenta! Mas acho que ela vai administrar esta primeira “crise”, da melhor maneira possível! Ela conhece este palco, sabe como atuar! Assim esperamos, né??
Ninguém disse que seria fácil, né?? Mas se o vice-presidente der uma forcinha, junto a cupula do PMDB, a presidenta agradece!!!
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