Por Redação OGalileo
20/12/2010 08:00h
A deputada federal Maria do Rosário (PT), que ocupará o Ministério dos Direitos Humanos no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado que vai defender a adoção de crianças por casais homossexuais quando assumir a pasta.
Maria do Rosário, que também é pedagoga, pode encontrar dificuldades de validar sua opinião no Congresso por conta da ala evangélica. Outra questão polêmica que a deputada defende, é a concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários a prostitutas.
"A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães", diz a futura ministra.
Formada em Pedagogia e com mestrado em educação e violência infantil, ela criticou a forma como o aborto e a união civil entre homossexuais foram tratados nas eleições deste ano.
Confira a entrevista feita pela Folha de São Paulo:
Folha - A sra. defende pontos controversos do programa, como a concessão de benefícios previdenciários a prostitutas e a defesa da adoção por casais gays?
Maria do Rosário- A secretaria irá cumprir o plano. Quando a gente trata, por exemplo, da possibilidade de as famílias homoafetivas fazerem a adoção, nós estamos trabalhando com algo que é muito importante para as crianças em abrigos.
O Brasil deve assegurar o direito à família a essas crianças. A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães. A superação desse preconceito é importantíssimo.
Diante dos recentes ataques a homossexuais em São Paulo, a secretaria irá elaborar políticas para a comunidade gay?
A secretaria vai intensificar o seu trabalho em relação ao combate à homofobia. Quero tratar dessa questão com a emergência que ela exige. Nós estamos diante de crimes motivados pelo ódio à condição humana dos homossexuais. Quero trabalhar com Estados e municípios para compor uma rede que consiga enfrentar essa violência com mecanismos concretos de responsabilização. Será uma das minhas primeiras medidas.
Isso inclui aprovar o projeto que criminaliza a homofobia?
Quem tem urgência não espera a lei ser votada no Congresso. Muitas vezes as legislações demoram nessa área de direitos humanos mais do que deveriam. Não vou começar pela lei, mas pela mobilização nacional.
Como a sra. avalia a forma como foram tratados o aborto e a união civil homossexual durante as eleições?
A motivação pela qual eles entraram no debate, especialmente pelos setores de oposição, foi alimentar o preconceito da sociedade brasileira e tentar com isso estabelecer dividendos eleitorais a partir dos setores conservadores. Não acho que essa é uma boa estratégia. O momento eleitoral foi um momento triste diante disso.
A sra. defende a descriminalização do aborto?
Não pretendo, ao iniciar os trabalhos da secretaria, oferecer posições que sejam mais pessoais do que aquelas de trabalho. Vou seguir plenamente o que o plano de direitos humanos estabeleceu e o que a presidente assumiu durante a campanha. Defendo o tema como uma questão de saúde pública.
(Com informações Folha de São Paulo / SRZD)
20/12/2010 08:00h
A deputada federal Maria do Rosário (PT), que ocupará o Ministério dos Direitos Humanos no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado que vai defender a adoção de crianças por casais homossexuais quando assumir a pasta.
Maria do Rosário, que também é pedagoga, pode encontrar dificuldades de validar sua opinião no Congresso por conta da ala evangélica. Outra questão polêmica que a deputada defende, é a concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários a prostitutas.
"A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães", diz a futura ministra.
Formada em Pedagogia e com mestrado em educação e violência infantil, ela criticou a forma como o aborto e a união civil entre homossexuais foram tratados nas eleições deste ano.
Confira a entrevista feita pela Folha de São Paulo:
Folha - A sra. defende pontos controversos do programa, como a concessão de benefícios previdenciários a prostitutas e a defesa da adoção por casais gays?
Maria do Rosário- A secretaria irá cumprir o plano. Quando a gente trata, por exemplo, da possibilidade de as famílias homoafetivas fazerem a adoção, nós estamos trabalhando com algo que é muito importante para as crianças em abrigos.
O Brasil deve assegurar o direito à família a essas crianças. A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães. A superação desse preconceito é importantíssimo.
Diante dos recentes ataques a homossexuais em São Paulo, a secretaria irá elaborar políticas para a comunidade gay?
A secretaria vai intensificar o seu trabalho em relação ao combate à homofobia. Quero tratar dessa questão com a emergência que ela exige. Nós estamos diante de crimes motivados pelo ódio à condição humana dos homossexuais. Quero trabalhar com Estados e municípios para compor uma rede que consiga enfrentar essa violência com mecanismos concretos de responsabilização. Será uma das minhas primeiras medidas.
Isso inclui aprovar o projeto que criminaliza a homofobia?
Quem tem urgência não espera a lei ser votada no Congresso. Muitas vezes as legislações demoram nessa área de direitos humanos mais do que deveriam. Não vou começar pela lei, mas pela mobilização nacional.
Como a sra. avalia a forma como foram tratados o aborto e a união civil homossexual durante as eleições?
A motivação pela qual eles entraram no debate, especialmente pelos setores de oposição, foi alimentar o preconceito da sociedade brasileira e tentar com isso estabelecer dividendos eleitorais a partir dos setores conservadores. Não acho que essa é uma boa estratégia. O momento eleitoral foi um momento triste diante disso.
A sra. defende a descriminalização do aborto?
Não pretendo, ao iniciar os trabalhos da secretaria, oferecer posições que sejam mais pessoais do que aquelas de trabalho. Vou seguir plenamente o que o plano de direitos humanos estabeleceu e o que a presidente assumiu durante a campanha. Defendo o tema como uma questão de saúde pública.
(Com informações Folha de São Paulo / SRZD)
MINHAS REFLEXÕES:
Sem muita surpresa, vejo a entrevista da Ministra dos Direitos Humanos do Governo Dilma com muita preocupação. Esta escolha pode demonstrar o que pensa a Presidenta, mas preservando a sua imagem, a princípio!
Espero, sinceramente, que as promessas de campanha sejam cumpridas, ou seja, que não se faça apologia ao homossexualismo e nem haja discriminação contra as opções sexuais, religiosas, etc...
Espero que se encontre o equilíbrio, sob pena de expor a imagem daqueles políticos cristãos evangélicos, católicos,... que "colocaram sua cabeça a prêmio" pela candidatura de Dilma!
Fiquemos atentos!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário