| 23 Março 2012
Artigos - Cultura
“Os que estiverem vivos invejarão tanto os mortos que desejarão a morte, mas a morte os enganará.” (Apocalipse 9:6)
De certa forma, os filmes de zumbis e mortos-vivos prepararam nosso imaginário para as imagens que acompanham este artigo. Tudo começa com um esverdeamento da pele, escamação, putrefação e apodrecimento dos tecidos. Surgem feridas que aumentam até o desaparecimento dos músculos e nervos que cobrem os ossos e o resultado são verdadeiros mortos-vivos agonizando até a morte certa. Em muitos casos, também os ossos são carcomidos por uma acidez mortificante que lembra as mais horripilantes produções cinematográficas. Estes são os efeitos da droga mais popular da Rússia, o krokodil, e suas imagens distribuídas pela internet nos evocam um profundo medo sobre o que pode vir da macabra combinação entre a indústria farmacêutica, o narcotráfico e as políticas de “redução de danos” apoiadas pela ONU em todo o mundo. O fato é que tanto a imprensa internacional quanto as organizações de saúde pelo mundo têm mostrado uma preocupação velada e feito um certo silêncio em torno do assunto.
As drogas ilícitas já são uma epidemia na Rússia há bastante tempo – entre elas o ópio vindo da China, confirmando o temor milenar dos russos de uma invasão chinesa-mongol. Recentemente, um artigo do jurista e professor Walter Fanganiello Maierovitch publicado no Terra Magazine (talvez o único texto veiculado na mídia brasileira sobre o assunto), trouxe informações oficiais sobre o consumo de drogas no país do agente Putin. São 70% de jovens com menos de 30 anos, entre os 6 milhões de usuários de drogas do país. E a situação tem se agravado com a proliferação da nova droga chamada krokodil (crocodil ou coaxial), um substituto da heroína feito à base de desomorfina, uma substância cerca de 10 vezes mais forte que a morfina. A mistura é feita pelos próprios usuários em um processo simples e caseiro.
O artigo de Maierovitch dá ênfase no interesse da única rede de farmácias que produz os medicamentos com os quais são feitos o krokodil, que são o Terpincod, o Codelac e o Pentalgin. Acontece que a rede de farmácias Pharmastandard pertence aos filhos da ministra da Vigilância Sanitária, Tatiana Golikova com o ministro Viktor Khristenko, da pasta de Indústria e Comércio. Vladimir Kalanda, do serviço federal russo Antidrogas, diz que os efeitos imediatos do krokodil são semelhantes aos da heroína, mas o custo para o usuário é três vezes menor.
“Em 2005, poucas regiões do país usavam fármacos contendo codeína para preparar a desomorfina. Atualmente, o consumo da desomorfina se popularizou”, disse Kalanda em entrevista à mídia européia. Diferente da heroína, porém, os usuários do krokodil morrem num período médio de 2 anos.
A substância provoca necrose da pele, que fica enrugada e esverdeada. A acidez em face de certos insumos usados no preparo chega a dissolver o tecido ósseo. As mortes decorrem de (1) envenenamento do sangue, (2) pulmonite, (3) miningite ou (4) putrefação. (Kalanda)
Não é difícil perceber uma tendência ao barateamento e maior acessibilidade de drogas que se tornam cada vez mais pesadas e mortais. No Brasil, desde a popularização da maconha o consumo de cocaína veio crescendo e hoje o crack tem substituído a cocaína, sendo que é notadamente mais forte e mortal. A divulgação de vídeos e fotos dos efeitos de drogas como o krokodil tem sido perigosa e indesejável para aqueles que defendem a liberação das drogas e pretendem lucrar com isso, já que infunde uma impressão negativa à proposta que hoje tem alcance global graças à influência de grupos ligados a centros de pesquisa psiquiátrica que as desenvolve e até de seitas que as utilizam em cerimônias místicas. Muitas agendas, portanto, seriam atendidas com a liberação total das drogas hoje ilícitas.
Além de movimentar mais de US$ 320 bilhões no mundo, a maioria das drogas possui comprovadamente efeitos esterilizantes no corpo humano, o que reduziria a população mundial e atenderia ao anseio de centenas de cientistas e engenheiros sociais que acreditam estarem acabando com a pobreza ao impedir o nascimento de pobres, atendendo também às expectativas motivadas pelas teorias eugenistas.
Os últimos relatórios da ONU têm demonstrado certa preocupação com o crescimento do uso de drogas sintéticas no mundo. Mas para combater o problema, os relatórios do órgão, estranhamente, sugerem maior repressão aos produtores das drogas simultaneamente à descriminalização do uso destas. Além é claro das políticas de redução de danos que são amplamente apoiadas em todo o mundo e já há casos claros de engajamento do próprio narcotráfico nestas campanhas.
No mundo inteiro crescem as campanhas pela legalização das drogas, concomitantemente às restrições ao uso de tabaco e álcool, usadas como artifício de credibilidade científica e demonstração de boa fé e preocupação com a saúde humana. Difícil é acreditar nesta boa fé depois de assistir aos vídeos disponíveis na internet sobre os efeitos do devastador krokodil.
Mas de onde vem o interesse na liberação do uso de drogas de modo geral? Quais os reais motivos da defesa do uso para variados fins? Essa é uma pergunta difícil de responder e seria necessária uma ampla pesquisa de fontes e uma sequência de depoimentos de acesso ainda mais complicado. Uma das respostas, talvez a mais simples a partir do que temos à disposição, com certeza está na grande vantagem a uma possível governança global sobre cidadãos apáticos e sedados por prazeres mundanos e sensitivos, rebanho fácil e rentável a qualquer empreendimento de poder. Nisso também os apelos sexuais têm o seu papel, que torna o ser humano mais aberto às sugestões externas justamente por lhe faltar controle aos estímulos internos. Mas essa vantagem que o poder tem com as drogas mais fortes nos fornece uma pista a uma resposta ainda mais provável que se encontra um tanto escondida do público, embora tenha influência determinante nos rumos globais. É na possibilidade psicológica da alienação total das multidões que entra um dos fatores hoje especialmente determinantes no curso das políticas sociais globais: o poder crescente das seitas.
Peter Kreeft, autor do livro Como Vencer a Guerra Cultural, afirma que a religião mais popular dos Estados Unidos hoje não é mais o cristianismo, mas a chamada “espiritualidade”, ou seja, o arranjo sincrético de variadas formas espirituais muitas vezes contraditórias, mas, por definição, anticristãs. As milhares de seitas espalhadas pelo mundo hoje têm uma origem comum, o gnostícismo pré-cristão, especificamente aquele que se aliou ao poder durante o período iluminista e que orientou a maioria dos rumos científicos, por meio da figura do alquimista, expressa na metáfora gnóstica das luzes.
Milhares de seitas ocultistas gnósticas hoje se utilizam de drogas em suas cerimônicas. O Santo Daime é o exemplo mais conhecido e se engana quem crê que a sua abrangência se restringe ao Brasil. Composto da folha de chacrona (psychotria viridis), cipó jagube (banisteriopsis caapi), água e, em alguns casos, anfetamina, a ayahuasca “eleva” o nível de consciência dos praticantes e os “aproxima de Deus”, segundo os seus líderes. A ayahuasca é usada por muito mais gente do que se imagina, assim como a participação de celebridades nacionais e internacionais no culto do Santo Daime. A morte do cartunista Glauco no ano passado levantou a questão da seita na mídia, mas sem grandes aprofundamentos.
O Santo Daime é proibido em quase todos os países do mundo, o que atrai grande número de adoradores a países como o Brasil, movidos pela curiosidade acerca do chá tropical que aqui é liberado. Em muitos casos, é utilizado acrescido de anfetamina o que torna o usuário fatalmente vítima de problemas psíquicos, como a paranóia e esquizofrenia.
O perigo das drogas aliadas às seitas místicas espalhadas pelo mundo tem motivado a criação de institutos de pesquisa e investigação sobre o assunto. Na França, a União Nacional das Associações de Defesa das Famílias e Indivíduos Vítimas de Seitas (http://www.unadfi.org) alertou recentemente que as drogas não só estão presentes em todas as seitas esotéricas como são parte essencial da “espiritualidade” trabalhada por elas. Em outras palavras, o uso de drogas é o que mantém crível a proposta de muitas seitas. Segundo muitos teóricos das próprias seitas, a droga possibilita uma abertura ao transcendente e uma maior compreensão das informações proveniente das “dimensões superiores”, o que o aproxima das aspirações gnósticas e esotéricas em geral. O uso de drogas estimula no usuário uma abertura, de fato, a teorias e explicações que o seu efeito confirme, daí o crescimento proporcional do uso de drogas e de seitas pelo mundo. Estas últimas em grande parte sustentadas com dinheiro vindo diretamente do tráfico de drogas.
Como sabemos, um dos elementos do gnosticismo é a busca do paraíso terrestre, um mundo extra-temporal com acesso interior, em que reina o prazer infinito e o conhecimento da ciência ou vontade divinas. Um exemplo da relação entre drogas e gnosticismo é o famoso poema de Samuel Taylor Coleridge, onde o poeta inglês narra um sonho que teve após dormir sob efeito de ópio e ter visões de um castelo paradisíaco e repleto de prazeres pertencente a Kubla Khan, antigo governante mongol. O fato deste sonho coincidir, mais tarde, com a descoberta das prováveis ruínas do suposto templo, sugeriram que Coleridge tivera uma visão extra-temporal ou tivera visitado outra dimensão a partir do uso da droga.
No livro The Diary of a Drug Fiend, Aleister Crowley cita a experiência de Coleridge. Crowley foi o bruxo criador do Satanismo moderno, se julgava a Grande Besta e é ainda popular entre celebridades da política, das artes e ciências em todo o Ocidente. Ele difundiu o uso de drogas como parte de um processo de libertação espiritual. Crowley foi um dos mais perversos personagens do século XX, era viciado em quase todo tipo de droga, principalmente heroína, e levou isso até seu leito de morte. Era aficcionado por oráculos chineses e dizia incorporar deidades orientais. A cultura popular o transformou em um ícone com grande poder de fascinação entre os jovens.
Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB, conta que a agência manifestava grande interesse em exercer influência entre líderes de seitas indianas que recebiam constantes visitas de celebridades americanas. A KGB tinha objetivos claros quanto à influência destas doutrinas na sociedade ocidental justamente pelo caráter de alienação que elas levavam aos cidadãos. Em um contexto de Guerra Fria, não impressiona que o mundo ocidental tenha sido invadido por cultos orientais e esotéricos em suas formas mais toscas e deslocadas do seu sentido original. O objetivo era o enfraquecimento da moralidade cristã, grande empecilho ao avanço do comunismo.
A busca pela transcendência e pelo conhecimento das razões e dos sentidos dos mundos espirituais passou a ganhar certo prestígio no século XX, a partir da contracultura, com o resgate de nomes como Crowley, Spare e Blavatsky e sua inclusão na cultura pop, por conta da articulação das seitas gnósticas. As experiências extra-corpóreas, as visões de anjos e interações com entidades, sensações que remetem a um relacionamento direto com os mundos imateriais e outras dimensões de existência, finalmente deixaram de ser exclusividade dos mestres, dos sacerdotes e dos bruxos. Qualquer jovem, desiludido com o mundo que o cerca e com a imposição de padrões comportamentais dos quais ele discordarva, podia, afinal, conhecer o maravilhoso mundo das descobertas transcendentes e das experiências com criaturas verdes e espíritos de luz, mediante o simples e banal uso de uma droga entorpecente facilmente acessível, de consumo incentivado por meio da conduta de artistas comprovadamente orientados por mestres de seitas.
| 26 Março 2012
Artigos - Cultura
As políticas de “redução de danos”, cujo objetivo é orientar o usuário para o “uso responsável de drogas”, é amplamente defendida pelas Nações Unidas ao mesmo tempo em que o órgão luta para combater a intolerância religiosa forçando a legitimidade de seitas e cultos alternativos.
Mais tarde, Austin Osman Spare, discípulo de Crowley, ficou conhecido por seus escritos esotéricos nos quais prescrevia rituais da chamada magia sexual. O sexo, segundo Spare, concentra imensa força energética justamente por representar os instintos mais primitivos de busca pelo prazer. Tanto que Spare e seu mestre utilizavam as drogas como meios de alcançar estes supostos estágios superiores de consciência, e defendiam o uso de substâncias para vários tipos de tratamento psíquico e cura espiritual.
Segundo Spare,
“para se poder apreciar adequadamente a idéia da Nova Sexualidade, é necessário que a mente se dissolva no Kia e que não haja stress na consciência (i.e., pensamento), pois os pensamentos modificam a consciência e criam a ilusão absurda de que o indivíduo ‘possui’ a consciência”. [1]
A partir da década de 1960, o psicólogo Timothy Leary ficou famoso por afirmar os benefícios espirituais e terapêuticos do LSD, considerando a droga psicotrópica como um elemento essencial para o progresso humano. Mesmo após sua expulsão de Harvard, depois de fazer experimentos de drogas com uma turma de jovens, Leary se tornou um dos mais influentes intelectuais do século, um verdadeiro ícone da contracultura. Leary era membro do Esalen Institute, o maior difusor dos movimentos Nova Era no mundo. Era também ligado à KGB e se dizia um continuador de Crowley.
Leary criou oito categorias para as drogas, os chamados “Oito Circuitos de Consciência”, nos quais as drogas variavam conforme o nível de afinidade cognitiva ou social sobre o qual ela agia. Trata-se de “graus evolutivos” que se dirigem a uma superioridade conforme avança-se os circuitos. O ópio e seus derivados, por exemplo, pertencem ao primeiro circuito, o chamado “sopro de consciência”. A maconha fica no circuito cinco e o chá do Santo Daime (ayahuasca) está no nível mais alto (oito) de “transcendência”, depois do LSD (nível sete).
No livro A experiência psicodélica: manual baseado no livro tibetano dos mortos (1964), Leary destaca a importância de drogas como o LSD como chave de abertura da consciência, comparando seus efeitos com as proezas psíquicas das antigas religiões tibetanas. Junto a escritores como Fritjof Capra e outros contemporâneos, Leary defendia a adoção da psicologia oriental para a transformação e experimentação da consciência afim de ultrapassar novas fronteiras. O objetivo das experiências com LSD era a perda do ego, coisa necessária para alcançar a verdadeira transcendência.
“As reações físicas devem ser reconhecidas como sinais indicativos da transcendência. Evite tratá-las como sintomas de doença, aceite-as, una-se a elas, aproveite-as [...]. O flashback do ego-jogo é acompanhado por uma preocupação com a identidade. ‘Quem sou eu agora? Estou morto (a) ou não-morto (a)? O que está a acontecer?’ Você não consegue determinar. Vê o que o cerca e a seus como costumava fazer antes. Há uma sensitividade penetrante. Mas você está em outro nível. A compreensão do seu ego não é mais tão segura quanto antes”. [2]
Leary morreu em 1996. O livro A experiência psicodélica... foi escrito juntamente com os colegas de Harvard, Ralph Metzner e Richard Alpert. Metzer é hoje co-fundador e presidente da Green Earth Foundation, organização não governamental de fomento da educação e integração do homem com a natureza. É professor emérito da California Institute of Integral Studies e, junto de outros 10 pesquisadores, produziu um documentário Entheogen: o despertar do interior divino (2006) sobre o redescobrimento da magia e do xamanismo no mundo moderno unido-os a ideais ecológicos, outra agenda inspirada pelo esoterismo[1] neo-pagão.
Todos os grupos gnósticos trabalham com a idéia da busca pessoal pela transcendência, algo recorrente em todas as religiões. Ocorre que no espaço esotérico, especialmente nos que caracterizam a chamada Loja Negra ou Caminho da Mão Esquerda, esta busca se faz por meio de instrumentos exteriores ao homem, o que pode ser tanto a chamada magia sexual de Spare, como pelo uso de drogas psicotrópicas e alucinantes como mecanismos de elevação da consciência. Uma parte significativa destas pseudo-doutrinas esotéricas de loja negra ganhou o mundo da cultura ocidental em suas formas exotéricas e deu origem à cultura da Nova Era.
Dentre estes elementos exteriores que servem de instrumentos à elevação da alma, está, logicamente, o corpo. O papa Bento XVI sinalizou na encíclica Deus Caritas Est à questão do dito materialismo moderno e a sua adoração ao corpo, a evidente erotização no âmbito da cultura. Ao descrever o entendimento da palavra amor, delimitando entre as suas duas acepções, Eros e Ágape nas culturas gregas pagãs, aponta que a divinização do sexo ou o materialismo que atribuímos ao mundo de hoje, não se tratam tanto de uma idolatria do corpo ou à matéria, mas do rebaixamento do corpo ao papel de mero instrumento, do qual se fará uso na busca do prazer e até de uma transcendência. O erotismo atual “para o homem, não constitui propriamente uma grande afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e a sexualidade como a parte meramente material de si mesmo a usar e explorar com proveito”. Neste caso, tudo vale para o prazer da transcendência, já que o corpo é uma parte inferior e rudimentar do homem, tal como todas as implicações do uso da matéria. Trata-se de uma sugestão muito cabível: a de que as drogas e o erotismo dos dias atuais não têm, como muitos pensam, relação com o materialismo e sim com especulações místicas anti-materialistas.
Ahmed Youssef, muçulmano brasileiro que vive hoje na China, diz que a partir da experiência mística faz-se a confusão, quando o indivíduo confunde Deus com ele mesmo. E as drogas reafirmam o mérito do indivíduo, já que a “experiência mística” passa a ser controlada por ele. Guenon reafirma a confusão quando trata do espiritismo, ao afirmar que muitas das manifestações de cunho místico são reais, mas representam um relacionamento com resíduos psíquicos inerentes à corporalidade e não à espiritualidade como é interpretada (metenpsicosis). Crowley dava grande importância a estes “resíduos” e os considerava “criaturas geradas artificialmente”, e então cita os estudos de Paracelso. A criação de organismos já existentes em planos sutís, como Crowley descreve, representava para ele o grande relacionamento com a Serpente.
O controverso psicólogo da contracultura Timothy Leary, seguidor de Aleister Crowley (e aí temos uma amostra de cumplicidade mais do que evidente), exerce ainda uma influência notória sobre toda a cúpula do globalismo tecnocrata ocidental. Seria um exagero afirmarmos que parte dos intelectuais dirigentes das Nações Unidas está envolvida em planos que foram iniciados por Crowley, a “Grande Besta”? Crowley, Spare e Leary (só para citar estes poucos autores), tiveram conhecidos adeptos no meio artístico, sabe-se. Fica a pergunta: e onde mais? O fato é que muitos de seus seguidores estão hoje engajados na causa ambiental ou em seitas de grande poder político e continuam a defender o uso de drogas para encontrar um tipo de transcendência mística. As políticas de “redução de danos”, cujo objetivo é orientar o usuário para o “uso responsável de drogas”, é amplamente defendida pelas Nações Unidas ao mesmo tempo em que o órgão luta para combater a intolerância religiosa forçando a legitimidade de seitas e cultos alternativos, em detrimento das grandes religiões vistas como intolerantes e fundamentalistas (como denuncia o livro False Dawn, de Lee Penn, ainda sem tradução para o português).
Drogas de uso declaradamente místico como a Ayhauasca (Santo Daime) são liberados no Brasil enquanto proibidas na maioria dos países do mundo. Tendo em vista o crescimento do comércio de drogas no país, motivado por conluios com o governo brasileiro, vemos aí bons elementos para crer que os fundamentos satanistas de Crowley foram motivadores de um movimento que conta hoje com todos os instrumentos disponíveis para crescer.
Não há dúvidas de que desde o sonho de Coleridge, até as teorizações de Leary, há um elemento e uma sequência de sugestões que provém não só de pessoas altamente temíveis, mas necessariamente de manifestações malignas objetivas legadas por meios subjetivos e utilizando-se de fraquezas humanas como o hedonismo na busca do prazer, inflando-as e por meio de um suporte teórico bastante sofisticado. Nenhuma fraqueza humana (desejamos acreditar) teria o poder de teorizar-se em um sistema que multiplicasse o desejo tão agudo do próprio mal ao ponto do resultado que vemos nas imagens dos efeitos do krokodil e tantas outras. Se em Fátima foi dito que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, talvez não se estivesse referindo somente ao comunismo que matou 100 milhões de pessoas no século XX, mas também a este terrível aspecto da morte que vemos nas imagens e que traz em sua essência a própria manifestação física do mal.
Observem que Crowley, ao intitular-se a Grande Besta, iniciava um processo de destruição do homem mediante o hedonismo. Leary, por sua vez, ao prometer uma elevação da consciência, também pregava o fim do ego e a negação da própria consciência. Do mesmo modo, prometendo o prazer e o sentir-se vivo, as drogas terminam destruindo o corpo. Por fim, é fácil perceber que as vítimas dessa droga assemelham-se a cadáveres. Certamente eles já invejam os mortos, mas foram terrivelmente enganados pela morte.
(Continua).
Fonte: http://www.midiasemmascara.org
MINHAS REFLEXÕES:
Sei que as imagens são fortes, mas necessárias para que se compreenda o estrago feito pelas drogas!
Infelizmente, nem sempre são visíveis assim! Os usuários vão se desfazendo sem perceber!
O prazer momentâneo não compensa! O preço pago é muuuito alto e/ou pagável com a vida!
Quanto vale a nossa vida?
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