Quem sou eu

Terra da Garoa, SP, Brazil
Teresinha de Almeida Ramos Neves, para os familiares e amigos Tê ou Téka, profissional do Direito e da Ciência Política. Casada, mãe de três lindas filhas.De 1987 a 2008 trabalhei na Câmara de São Paulo, passando por todos os cargos de gabinete. Em 2008, um importante projeto político me levou à Câmara Municipal de Guarulhos onde ocupei os cargos de Diretora de Licitações e Contratos e Diretora de Comunicação e TV Câmara. Em 2012 fui candidata a vereadora por São Paulo e agraciada com a confiança de 5.645 cidadãos desta linda cidade. Voltei à Câmara de São Paulo, no gabinete do Vereador Pastor Edemilson Chaves, onde exerço a função de assessora jurídico-legislativo. Sou amante de bons livros, eclética por natureza, sonhadora por decisão e conquistadora pela graça de Deus. Apaixonada pela vida, não me canso de agradecer pelos obstáculos que me permitem crescer. Amo os amigos e busco a conquista dos possíveis inimigos. Não me agrado da inércia (estagnição, inatividade, apatia, preguiça) e nem da indolência (distância, frieza, desleixo, negligência) mas prezo pela excelência e pela dinâmica da vida. Minha família, minha razão; Jesus, minha maior inspiração!
Lula propõe ao Congresso que corrupção se torne crime hediondo
09 de dezembro de 2009
LARYSSA BORGES

Em meio às comemorações pelo Dia Internacional contra a Corrupção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira mensagem que encaminha ao Congresso Nacional projeto de lei que transforma em crime hediondo atos de corrupção praticados por altas autoridades públicas.

O projeto de lei assinado pelo presidente Lula propõe alterações no Código Penal. Essas mudanças aumentariam as penas mínimas de dois para quatro anos de prisão para pessoas envolvidas em corrupção. O período inicial de reclusão no caso de corruptores e corruptos com cargos públicos seria fixado em oito anos.

A proposta de lei, que precisará de aval de deputados e senadores, poderia, se estivesse em vigor, agir diretamente contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e contra deputados da Câmara Legislativa do DF, suspeitos de participar de um esquema de mensalão na capital federal.

Ao transformar a prática de corrupção ativa e passiva e suas correlatas (concussão e peculato) em crime hediondo, o projeto prevê que o ilícito passe a ser inafiançável e passível de prisão temporária.
"O governo brasileiro não se encontra mais na acomodação da tolerância, nem na mera lamentação dos males causados pela corrupção", disse o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage.

Consultor da ONU: desenvolvimento rápido propicia corrupção
09 de dezembro de 2009
Fabrícia Peixoto
O rápido crescimento do Brasil nos últimos, somado a instituições que não acompanham esse movimento, cria "novas oportunidades" para a corrupção no País, segundo Stuart Gilman, cientista político e consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) no combate à corrupção.
Há mais de 30 anos estudando o assunto, Gilman diz que o rápido desenvolvimento econômico do País é uma "benção que também traz maldições". "O País se desenvolve de forma rápida, mas as instituições não acompanham. É a oportunidade para o surgimento de novos casos de corrupção", diz.
Ainda falando especificamente sobre o caso brasileiro, o consultor da ONU diz que, no País, há sempre o risco de a "imunidade virar impunidade", referindo-se ao fato de políticos brasileiros terem privilégios quando acusados de algum crime.
Gilman está no Brasil para uma série de eventos em comemoração ao dia mundial de combate à corrupção e desembarcou em Brasília no auge dos escândalos envolvendo políticos do Distrito Federal.
Leia trechos da entrevista à BBC Brasil:
BBC Brasil - O senhor viu os vídeos do escândalo no Distrito Federal?
Gilman - Vi um deles na televisão e fiquei encantado com a cena de um cara colocando o dinheiro na meia...
BBC Brasil - O senhor já havia visto uma cena dessas, durante os 30 anos em que estuda e trabalha com projetos anti-corrupção?
Gilman - Infelizmente, sim. Houve um episódio há 20 anos em que a polícia federal americana filmou um político colocando dinheiro na cueca.
BBC Brasil - Mas suponho que, no caso americano, o político tenha sido punido, de alguma forma...
Gilman - Sim, certamente. O ponto é que nos Estados Unidos os legisladores têm imunidade apenas quando estão a caminho da sessão parlamentar. Ao contrário, são tratados como qualquer outro cidadão. É importante que imunidade não vire impunidade. Minha esperança é de que, no Brasil, uma hora o sistema Judiciário assumirá o controle. E que essas pessoas não sentirão apenas vergonha. Elas serão punidas.
A corrupção precisa ser tratada como um crime especial, pois ela representa uma forte violência contra instituições e pessoas. Porque no final das contas, o dinheiro da corrupção vem de algum lugar. Ele vem de construções mal feitas, de livros didáticos que desapareceram das escolas e de remédios que não foram distribuídos. Temos sempre a tendência de olhar para o dinheiro, quando o que está por trás desse dinheiro é que me assusta.
Por isso a corrupção deve ser tratada como um dos piores crimes, em qualquer lugar do mundo. Há poucos crimes com tanto impacto, sobre tantas pessoas, como a corrupção.
BBC Brasil - A divulgação de vídeos, como esses envolvendo o governo do Distrito Federal, por causarem mais impacto podem também ajudar mais no combate à corrupção?
Gilman - Esse é um momento crucial para o Brasil e a exibição de vídeos pode acelerar algumas mudanças. Mas os vídeos, por si só, não atuam sozinhos, claro. Eles funcionam junto com a imprensa, com o Executivo e outras instituições.
BBC Brasil - Existe algo de específico ou intrínseco à corrupção brasileira?
Gilman - A corrupção em cada País tem questões específicas. No caso brasileiro, é preciso lembrar que o País vem passando por um processo de desenvolvimento econômico acelerado. Isso é uma bênção, mas traz também algumas maldições. E uma delas é de que esse crescimento muito rápido cria oportunidades para a corrupção. A questão é se as instituições do País estão acompanhando esse crescimento. Fiquei impressionado com o trabalho da CGU (Controladoria-Geral da União), mas ainda há muito a ser feito.
BBC Brasil - Os escândalos de corrupção no Brasil estão geralmente ligados à classe política. E o financiamento público de campanha acaba sempre sendo lembrado como uma saída para o problema. O senhor concorda?
Gilman - O financiamento público de campanha pode ser uma das soluções. Mas mesmo esse mecanismo tem suas dificuldades e precisa ser muito bem discutido. Ele pressupõe, por exemplo, uma divisão do dinheiro entre os membros de um mesmo partido de forma justa. E para dividir dinheiro é preciso fazer escolhas. O financiamento público tende a ser visto como uma solução para tudo, mas se não for bem implementado, pode até estimular a corrupção.
BBC Brasil - Políticos brasileiros, mesmo envolvidos com corrupção, são reeleitos. Isso é parte do processo?
Gilman - Esse é um outro lado do problema, que precisa ser combatido com uma imprensa forte e com alfabetização. Os cidadãos vão sempre tomar suas próprias decisões, precisamos encarar esse fato. Mas essas escolhas podem ser melhores se eles tiverem acesso a informação e entenderem melhor os fatos. Quando as pessoas realmente entenderem que os políticos trabalham para elas, ficarão mais indignadas quando virem esses políticos colocando dinheiro na meia.
Fonte: Portal Terra
Corrupção política
Conceito/definição
A palavra corrupção deriva do latim corruptus que, numa primeira acepção, significa quebrado em pedaços e numa segunda acepção, apodrecido, pútrido. Por conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre.

Numa definição ampla, corrupção política significa o uso ilegal - por parte de governantes, funcionários públicos e agentes privados - do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum – como, por exemplo, negócios, localidade de moradia, etnia ou de fé religiosa.
Em todas as sociedades humanas existem pessoas que agem segundo as leis e normas reconhecidas como legais do ponto de vista constitucional. No entanto, também existem pessoas que não reconhecem e desrespeitam essas leis e normas para obter benefício pessoal. Essas pessoas são conhecidas sob o nome comum de criminosos. No crime de corrupção política, os criminosos – ao invés de assassinatos, roubos e furtos - utilizam posições de poder estabelecidas no jogo político normal da sociedade para realizar atos ilegais contra a sociedade como um todo. O uso de um cargo para estes fins é também conhecido como tráfico de influência.
A corrupção ocorre não só através de crimes subsidiários como, por exemplo, os crimes de suborno (para o acesso ilegal ao dinheiro cobrado como impostos, taxas e tributos) e do nepotismo (nomeação de parentes e amigos aos cargos de administração pública). O ato de um político se beneficiar de fundos públicos de uma maneira outra que a não prescrita em lei – isto é, através de seus salários - também é corrupção.
Todos os governos são afetados por crimes de corrupção, desde uma simples obtenção e doação de favores como acesso privilegiado a bens ou serviços públicos em troca de amizade até o pagamento superfaturado de obras e serviços públicos para empresas privadas em troca do retorno de um percentual do pagamento para o governante ou para o funcionário público (seja ele ou não seja ele uma figura preposta do governante) que determina o pagamento.
O ato considerado crime de corrupção e o ato não considerado crime de corrupção podem variar em função das leis existentes e, portanto, depende do país em análise. Por exemplo, obter ajuda financeira de empresários para uma campanha política é um ato criminoso em países em que todos os valores gastos nas eleições necessariamente têm de vir de fundos públicos (de maneira a que grupos políticos mais ricos não possam fazer valer a sua riqueza para o convencimento dos eleitores em favor de suas teses). Em outros países, este ato de doação financeira pode ser considerado totalmente legal (como ocorre nos Estados Unidos).
A corrupção política implica que as leis e as políticas de governo são usadas para beneficiar os agentes econômicos corruptos (os que dão e os que recebem propinas) e não a população do país como um todo. A corrupção provoca distorções econômicas no setor público direcionando o investimento de áreas básicas como a educação, saúde e segurança para projetos em áreas em que as propinas e comissões são maiores, como a criação de estradas e usinas hidroelétricas.
Além disso, a necessidade de esconder os negócios corruptos leva os agentes privados e públicos a aumentar a complexidade técnica desses projetos e, com isso, seu custo. Isto distorce ainda mais os investimentos. Por esta razão, a qualidade dos serviços governamentais e da infraestrutura diminui. Em contrapartida, a corrupção aumenta as pressões sobre o orçamento do governo. Em seguida, esta pressão se reflete sobre a sociedade com o aumento dos níveis de cobrança de impostos, taxas e tributos.
Tipos formais de agentes de corrupção

Os agentes que praticam a corrupção são classificados em dois tipos: os agentes de corrupção ativa (agentes que oferecem e/ou dão dinheiro) e os agentes de corrupção passiva (agentes que pedem e/ou recebem dinheiro).
A corrupção é um crime biunívoco no sentido matemático do termo pelo fato de que para cada corrupto existente no domínio governamental existe um outro corrupto no contra-domínio privado.
Agentes de corrupção passiva (ou "agentes públicos corrompidos") são governantes ou funcionários públicos que utilizam o poder do Estado para atender às demandas especiais dos agentes corruptores. Governantes são funcionários públicos temporários eleitos democraticamente ou funcionários públicos colocados em cargos de confiança pelos que foram eleitos (em função da legislação).
Agentes de corrupção ativa (ou "agentes privados corruptores" são ou empresários ou gestores de empresas ou gestores de grupos religiosos ou líderes de grupos étnicos ou líderes de grupos de interesse) que buscam aumentar seu poder político e financeiro em relação ao poder político de seus concorrentes do resto da sociedade.
Nem sempre o agente privado é aquele que inicia o ato de corrupção. As leis e normas do serviço público às vezes são usadas pelo agente público para dar início ao ato da corrupção. Por exemplo, o agente público pode não aprovar um pedido de alvará de comércio de um comerciante até que este se disponha a pagar um valor monetário determinado. Consequentemente, dentro da lógica de uma economia de mercado falseada, este conceito pode tornar-se muito mais complexo. Em países especialmente marcados pela corrupção, frequentemente são os próprios detentores de cargos públicos a tomar a iniciativa de se aproximar, directa ou indirectamente, dos agentes económicos, propondo a concessão de contratos, mediante o pagamento de uma "comissão", em dinheiro ou em espécie. Em tal contexto, a noção de ativo ou passivo ficará claramente distorcida.
Com efeito, já não se trata apenas de alguém a tentar viciar, pontualmente, as regras do mercado, obtendo para si ou para uma determinada empresa benefícios especiais, face aos concorrentes. Pelo contrário, antes se trata agora de uma acção encetada por figuras detentoras do poder de decisão, que seleccionam e convidam as empresas de acordo com o nível dos pagamentos que intentam extorquir.
No primeiro caso, as regras do mercado são violadas. No segundo, o mercado deixa de funcionar, acabando, em situações extremas, por se verificar o desaparecimento de empresas concorrentes. Passa, assim, a existir uma espécie de "sociedade" que engloba um reduzido grupo de empresários e os detentores de cargos públicos. De salientar que corrupção não é um crime sem vítimas. De fato, quando esta se torna endémica, os dinheiros públicos deixam de ser investidos em projectos ou infra-estruturas realmente necessários, susceptíveis de melhorar a qualidade de vida das populações, antes ocorrendo em áreas da economia de interesse marginal. As empresas não beneficiadas perdem, os cidadãos sofrem as consequências de investimentos estéreis e, numa óptica global, a sociedade fica mais pobre.
Este tipo de corrupção pode conduzir a fortes distorções do mercado, violando, pelos seus efeitos,as boas práticas de concorrência. Nos países em que a corrupção é mais endémica, práticas como os "Negócios com o Estado à Mobutu", como era denominada no Zaire a relação entre os agentes privados e o poder político, ou, em Portugal, a figura do "Cambão" ( acordo entre empresas e o poder público, que permite a um grupo reduzido de agentes ganhar, rotativamente, os concursos), ou "as Empreitadas à Minhota" (designação conferida em certas localidades transmonanas aos concursos públicos, deferidos em função dos "envelopes" entregues a uma figura do poder local), condicionam fortemente o desenvolvimento económico das regiões.
Em última análise, o fluir da actividade económica não vai ao encontro das reais necessiades das populações, mas sim dos interessses ilícitos dos agentes políticos, em conluio com um reduzido número de empresários - pelas razões óbvias, geralmente no âmbito das obras públicas. Em vez de se fomentar um empreendedorismo criativo e salutar, são antes favorecidas intervenções que trazem um reduzido valor acrescentado ao bem-estar das populações.
Só mediante um efetivo funcionamento das instituições democráticas, de um direito da concorrência implementado de forma rigorosa e, naturalmente, de um controle efectuado por instituições supervisoras, pelos "mass-media" e pela população, em geral, se poderá combater uma tão nefasta prática.
O nome que tem se firmado no mundo ocidental para os crimes desta natureza é "crime de colarinho branco", em função de seus agentes envergarem, geralmente, os trajes que caracterizam o mundo dos negócios ou da política, como terno, gravata e camisa com colarinho branco.
A corrupção política pode ser grande ou pequena e organizada ou desorganizada. Pode se iniciar nos escritórios de agentes políticos e seus partidos, nos escritórios das grandes ou pequenas empresas, nos escritórios de agências governamentais. Pode também se iniciar até mesmo em reuniões sociais como festas de aniversário, de casamento ou de velhos amigos da escola.
Tipos de crimes de corrupção
Os tipos mais comuns de corrupção são:
• Suborno ou Propina
• Nepotismo
• Extorsão
• Tráfico de influência
• Utilização de informação governamental privilegiada para fins pessoais ou de pessoas amigas ou parentes
• Compra e venda de sentenças judiciárias
• Recebimento de presentes ou de serviços de alto valor por autoridades
Presentes de alto valor também são considerados uma forma de suborno. Qualquer presente acima de 200 dólares dado ao Presidente dos Estados Unidos da América é considerado um presente ao Gabinete da Presidência e não ao próprio presidente (ou a membros de sua família). A lei diz que o Presidente pode comprar o presente do Gabinete se quiser levá-lo consigo quando acabar seu período como funcionário público.
A relação da corrupção com outros crimes
O resultado da corrupção política pode ser desde a apropriação de bens públicos. A apropriação de serviços públicos, a apropriação de dinheiro público, o nepotismo, a cobrança de propinas, a extorsão, a compra e a venda de influência política e a realização de fraudes em licitações públicas.
No entanto, além da obtenção de diferenciais competitivos ilegais, um segundo objetivo principal dos agentes ativos e passivos de corrupção política é a facilitação de atividades criminais como o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e exploração da prostituição. Neste caso, atividades criminosas – como a do contrabando, o do tráfico de armas, o tráfico de seres humanos, o tráfico de órgãos, o tráfico de animais silvestres, o tráfico de influência política – usam a corrupção política como ferramenta criminosa.
A utopia, o contrário da tirania
Uma sociedade sem regras é a que dá total liberdade de se fazer o que se deseja ao mesmo tempo em que permite uma organização da divisão do trabalho. Essa sociedade é uma utopia ou o paraíso.
Uma sociedade que aceita a perda total da liberdade através do acatamento de regras e de leis derivadas da vontade de um indivíduo que alcança o poder – ou de um grupo de indivíduos - é uma ditadura ou tirania. Em termos de literatura, ela é uma distopia.
As sociedades humanas tendem a se situar em algum ponto dentro deste espectro utopia-distopia.
Como a corrupção se auto protege
Atualmente a corrupção faz sua auto-proteção através da justiça pública. Ela utiliza-se de meios subreptis como processos de calúnia, difamação e injúria contra um possível opositor ou divulgador. Não suportando a verdade dos fatos, usa todos os meios jurídicos para auto-defesa e proteção para continuação da malversasão dos recursos públicos. Quando os divulgadores não são as vítimas, é a imprensa a outra vítima preferida da corrupção, que teme a divulgação de seus atos violadores da boa administração publica, sejam em prefeituras, órgãos publicos, entidades filantrópicas ou governos de estado.
Corrupção no Brasil
Em seu respeitado relatório anual Assuntos de Governança, que vem sendo publicado desde 1996, o Banco Mundial assinala uma curva descendente no índice que mede a eficiência no combate à corrupção no Brasil. O índice, que avalia 212 países e territórios, registra queda contínua da situação brasileira desde 2003, tendo atingido seu pior nível em 2006, quando atingiu a marca de 47,1 numa escala de 0 a 100 (sendo 100 a avaliação mais positiva). Mesmo se comparado a outros países da América Latina, o Brasil ficou numa posição desconfortável: Chile, Costa Rica e Uruguai obtiveram nota 89,8.
O índice do Banco Mundial mede a percepção dominante entre ONGs e agências internacionais de análise de risco, sobre a corrupção vigente num determinado país. Por isso alguns questionam a influência no índice de uma maior atuação fiscalizadora da imprensa e dos órgãos policiais, em especial a Polícia Federal, que desde 2003 realizou mais de 300 operações.
Por parte da sociedade civil, instituições como a Transparência Brasil fazem o seu papel de denunciar e combater as manifestações de corrupção.
Um dos principais problemas que dificultam o combate à corrupção é a cultura de impunidade ainda vigente no país. A justiça é lenta e aqueles que podem pagar bons advogados dificilmente passam muito tempo na cadeia ou mesmo são punidos. O fato de os políticos gozarem de direitos como o foro privilegiado e serem julgados de maneira diferente da do cidadão comum, também contribui para a impunidade. Em estudo divulgado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), foi revelado que entre 1988 e 2007 (18 anos), nenhum agente político foi condenado pelo STF. Durante este período, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou apenas cinco autoridades. Segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, "a demora no processo está vinculada à natureza contenciosa, que assegura direitos para as partes de moverem até o último recurso."
Um outro instrumento eficaz no combate à corrupção é a transparência. Conforme indica o economista Marcos Fernandes da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, "para combater a corrupção, é preciso ter políticas de longo prazo, preventivas, é preciso fazer uma reforma administrativa(...). Disseminar a bolsa eletrônica de compras, informatizar os processos de gestão, permitir que o cidadão fiscalize a execução orçamentária on-line".
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

MINHAS REFLEXÕES
Nesta semana, precisamente, dia 09/12/2009, se comemora o Dia Internacional Contra a Corrupção.

Recebemos no Brasil o sr. Stuat Gilman, cientista político e consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) no combate à corrupção, que nos deu vários direcionamentos quanto a corrpução no mundo e no Brasil.
Fiz questão de postar, também, alguns conceitos sobre corrupção para, melhor, entendermos como este mal acontece e se alastra pelo mundo e, principalmente, pelo Brasil.
Sobre o tema, o Presidente Lula enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe alterações no Código Penal, sugerindo o aumento do período das penas e tranformando a prática de corrupção ativa e passiva e suas correlatas (concussão e peculato) em crime hediondo, tornando o ilícito inafiançavel e passível de prisão temporária.
A saber, o crime de concussão consta do artigo 315 do CP e se dá quando o funcionário público exige vantagem indevida, para si ou para outrem, em razão da função que desempenha; e, enquanto o artigo 312 dispõe sobre o crime peculato que se dá quando o funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer bem movel, público ou particular de que tem a posse, em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio. Ambos são crimes praticados por funcionário contra a Adminsitração Pública.

Sobre a corrupção ativa e passiva, cabe ressaltar a fala do ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) que o governo federal buscar reverter a tradição de “impunidade” à este tipo de crime, implantando políticas públicas preventivas.

Na realidade, penso que mais uma norma, ainda que aumentando a pena e caracterizando o crime como hediondo, não me parece a solução, até porque os nossos tribunais caminham a passos de tartaruga, além do que, no nosso País, a imunidade é sinônimo de impunidade, já que o foro privilegiado aos políticos é garantido. Ademais, enquanto não se der o trânsito em julgado, nenhum político pode ser considerado inelegível em razão de crime dessa natureza, ou proibido de candidatar-se.

Então, não seria oportuno a feitura de um Código de Normas de Combate a Corrupção e, assim, fechar o cerco contra esse mal que não se encontra a raíz para cortá-lo?
Penso que o Projeto de lei de iniciativa do Executivo é importante, mas se não forem adotadas demais medidas que visem coibir este tipo de crime, será mais uma norma em um Pais que, na minha opinião, sobra lei e falta moral, caráter, ética...!

Ademais, chamemos à responsabilidade àquele cidadão que, por não poucas vezes, se dirige a um legislador, administrador público, para solicitar benefícios para si e, em hipótese negativa, fica exaltado dizendo que os políticos nada fazem para o povo! Não sabem a diferença entre o interesse público e interesse de determinado público. O gestor público deve atender ao interesse público, de todos, do coletivo e não interesses particulares do cidadão.
Mas, como fazê-lo entender? Daí, muito políticos quase que são obrigados a atender os interesses deste tipo de eleitor, sob pena de não se enquadrar no sistema e, até, não se ver eleito ou reeleito. É óbvio que este tipo de postura é abominável e já proibida nas normas eleitorais, porém, será que é possível viver e sobreviver na política sem um mínimo de atendimento à interesse particular?
Hoje, ainda, não é possível, daí a idéia de coibir, além da corrupção ativa, a passiva – a quem se destina a benéfice. São pessoas, empresas, grupos, blocos,... que pressionam os políticos para atenderem aos seus interesses. No Brasil, infelizmente, esta postura faz parte do sistema e quem não se adequa assume o risco de ser ver separado, marginalizado, dos demais que formam a maioria!

Penso que, a grosso modo, todos nós, de alguma forma, um dia, tivemos uma postura relacionada a corrupção. É sabido que alguns, ao ler este trecho deste artigo, achará um absurdo o que acabei de escrever mas, se pararem para pensar e refletir, se verá enquadrado, de algum jeito, neste entendimento. É horrível chegarmos a esta conclusão! Sinto-me envergonhada de viver neste sistema! Busco, a cada dia, ficar marginalizada no que diz respeito a prática de corrupção e sei que este é o sonho de muitos que tentam fazer o certo em um país que tem o codinome “jeitinho brasileiro”.

Mas, sempre ouvimos que “a esperança é a última que morre”, então, resta-nos esperar o dia no qual os discursos e medidas adotadas contra a corrupção serão visando, efetivamente, o seu fim e não, apenas, estratégias para se tentar mostrar que são bons mocinhos, tentando acertar!

Quero, com você, ir até a história de uma figura da Bíblia, um homem corrupto, todo envolvido com "jeitinhos" e atitudes que confrontavam a moral e fé do povo daquele lugar. Falo-te de Jacó, um homem aparentemente tranquilo, mas com um grande desvio de caráter. Subornou o irmão, enganou o pai (Gênesis 30:37-43)e quando se viu sendo ameaçado de morte, recorreu àquele que poderia ser sua última solução.

A história surpreendente de Jacó reafirma a infinita misericórdia de Deus. É bem verdade que Deus abomina o pecado, mas Ele ama o pecador e deseja que este se torne a sua imagem e semelhança.

Jacó teve algumas oportunidades que mudou radicalmente suas atitudes e não as disperdiçou:
1) A oportunidade de orar - quando se viu ameaçado, buscou ao Deus de seu pai e fez um voto com ele;
2) A oportunidade de ter sabedoria - ouviu a voz de Deus e obedeceu;
3) A oportunidade de ser recompesado - trabalhou duramente e, no momento certo, Deus o recompesou...

Deus não somente mudou a história de Jacó, como também transformou seu caráter.

Gênesis 35:10 "E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel".

Creia que, independentemente dos nossos erros, Deus olha pra nós,; porém, deseja uma mudança de postura e de caráter;
Deus nos concede diversas oportunidades para consertarmos erros cometidos, mas é preciso aprendermos a interpretar os sinais de Deus.
Ele nos ama, incondicionalmente, e deseja, ardentemente, que tenhamos uma nova vida.

"Entrega os teus caminhos ao Senhor, confia n'Ele e tudo Ele fará!"
Só assim, acredito que o Brasil tem jeito! Que a corrupção cessará! Que seremos uma Nação sarada e liberta de todo pecado - o que nos afasta de Deus!
Desta forma poderemos afirmar, tranquilamente, que "Deus é brasileiro"!!!

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