Quem sou eu

Terra da Garoa, SP, Brazil
Teresinha de Almeida Ramos Neves, para os familiares e amigos Tê ou Téka, profissional do Direito e da Ciência Política. Casada, mãe de três lindas filhas.De 1987 a 2008 trabalhei na Câmara de São Paulo, passando por todos os cargos de gabinete. Em 2008, um importante projeto político me levou à Câmara Municipal de Guarulhos onde ocupei os cargos de Diretora de Licitações e Contratos e Diretora de Comunicação e TV Câmara. Em 2012 fui candidata a vereadora por São Paulo e agraciada com a confiança de 5.645 cidadãos desta linda cidade. Voltei à Câmara de São Paulo, no gabinete do Vereador Pastor Edemilson Chaves, onde exerço a função de assessora jurídico-legislativo. Sou amante de bons livros, eclética por natureza, sonhadora por decisão e conquistadora pela graça de Deus. Apaixonada pela vida, não me canso de agradecer pelos obstáculos que me permitem crescer. Amo os amigos e busco a conquista dos possíveis inimigos. Não me agrado da inércia (estagnição, inatividade, apatia, preguiça) e nem da indolência (distância, frieza, desleixo, negligência) mas prezo pela excelência e pela dinâmica da vida. Minha família, minha razão; Jesus, minha maior inspiração!

Respeitar as diferenças ou "enfiar pela goela abaixo"??? Minha análise sobre o Estatuto da Diversidade Sexual ( "Minhas Reflexões" ao final )

ESTATUTO DA DIVERSIDADE SEXUAL

ANTEPROJETO

Institui o Estatuto da Diversidade Sexual e altera as Leis...

I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - O presente Estatuto da Diversidade Sexual visa a promover a inclusão
de todos (concordo), combater a discriminação e a intolerância por orientação sexual ou
identidade de gênero e criminalizar a homofobia, de modo a garantir a
efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais,
coletivos e difusos.

Art. 2º - É reconhecida igual dignidade jurídica a heterossexuais,
homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros,
intersexuais, individualmente, em comunhão e nas relações sociais,
respeitadas as diferentes formas de conduzirem suas vidas, de acordo com sua
orientação sexual ou identidade de gênero.

Art. 3º - É dever do Estado e da sociedade garantir a todos o pleno exercício da
cidadania, a igualdade de oportunidades e o direito à participação na
comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas,
empresariais, educacionais, culturais e esportivas. (concordo)

II - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 4º - Constituem princípios fundamentais para a interpretação e aplicação
deste Estatuto:
I – dignidade da pessoa humana;
II – igualdade e respeito à diferença;
III – direito à livre orientação sexual;
IV – reconhecimento da personalidade de acordo com a identidade de
gênero;
V – direito à convivência comunitária e familiar;
VI – liberdade de constituição de família e de vínculos parentais;
VII – respeito à intimidade, à privacidade e à autodeterminação;
VIII – direito fundamental à felicidade.
§ 1º - Além das normas constitucionais que consagram princípios,
garantias e direitos fundamentais, este Estatuto adota como diretriz
político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade de gênero e o
respeito à diversidade sexual.
§ 2º - Os princípios, direitos e garantias especificados neste Estatuto não
excluem outros decorrentes das normas constitucionais e legais vigentes
no país e oriundos dos tratados e convenções internacionais dos quais o
Brasil seja signatário.
§ 3º - Para fins de aplicação deste Estatuto, devem ser ainda observados
os Princípios de Yogyakarta, aprovados em 9 de novembro de 2006, na
Indonésia.

III - DIREITO À LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL
Art. 5º - A livre orientação sexual e a identidade de gênero constituem direitos
fundamentais.
§ 1º - É indevida a ingerência estatal, familiar ou social para coibir alguém
de viver a plenitude de suas relações afetivas e sexuais. (percebam que, nos artigos abaixo, o Estado é convocado a gerir sobre o tema; portanto, aqui, tem de ficar a mercê da analise subjetiva do que é "viver a plenitude...". E os limites da liberdade?)
§ 2º - Cada um tem o direito de conduzir sua vida privada, não sendo
admitidas pressões (também de análise subjetiva - discursos focados na Liberdade Religiosa podem ser entendidom como "pressões") para que revele, renuncie ou modifique a orientação
sexual ou a identidade de gênero.

Art. 6º - Ninguém pode sofrer discriminação em razão da orientação sexual
própria, de qualquer membro de sua família ou comunidade. (é preciso entender que discordar, respeitando as diferenças, não é discriminar)

Art. 7º - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo proibida
qualquer prática que obrigue o indivíduo a renunciar ou negar sua identidade
sexual. (aqui também cabe análise subjetiva - se o cristão pregar que o homossexualismo é pecado,seu sermão pode ser entendido como "prática que obrigue")

Art. 8º - É proibida a incitação ao ódio ou condutas que preguem a segregação
em razão da orientação sexual ou identidade de gênero.

IV - DIREITO À IGUALDADE E À NÃO-DISCRIMINAÇÃO
Art. 9º - Ninguém pode ser discriminado e nem ter direitos negados por sua
orientação sexual ou identidade de gênero no âmbito público, social, familiar,
econômico ou cultural.

Art. 10 - Entende-se por discriminação todo e qualquer ato que:
I – estabeleça distinção (a diferença já existe, mas deve ser respeitada! Proibir que a sociedade os vejam como diferentes, é tentar "tapar sol com peneira". A diferença deve ser respeitada!) exclusão, restrição ou preferência que tenha por
objetivo anular ou limitar direitos e prerrogativas garantidas aos demais
cidadãos;
II – impeça o reconhecimento ou o exercício, em igualdade de condições, de
direitos humanos e liberdades fundamentais no âmbito social ou familiar;
III – configure ação violenta, constrangedora, intimidativa ou vexatória.

Art. 11 - É considerado discriminatório, em decorrência da orientação sexual ou
identidade de gênero:
I – proibir o ingresso ou a permanência em estabelecimento público, ou
estabelecimento privado aberto ao público;
II – prestar atendimento seletivo ou diferenciado não previsto em lei;
III – preterir, onerar ou impedir hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou
similares;
IV – dificultar ou impedir a locação, compra, arrendamento ou empréstimo de
bens móveis ou imóveis;
V – proibir expressões de afetividade ("proibir" não pode, mas será difícil exigir que as pessoas vejam como atos comuns - a sociedade não está preparada para este tipo de expressão, mas deve respeitá-la!) em locais públicos, sendo as mesmas
manifestações permitidas aos demais cidadãos.

Art. 12 - O cometimento de qualquer desses atos ou de outras práticas
discriminatórias configura crime de homofobia ( é preciso que entendamos o termo homofobia como uma forma de intolerância que busca desumanizar um grupo de pessoas; assim, apenas discordar de suas condutas, por convicções religiosas, não pode ser entendido como ação homofóbica) na forma desta lei, além de
importar responsabilidade por danos materiais e morais.

V - DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR
Art. 13 - Todas as pessoas têm direito à constituição da família e são livres
para escolher o modelo de entidade familiar que lhes aprouver, independente
de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Art. 14 - A união homoafetiva deve ser respeitada em sua dignidade e merece
a especial proteção do Estado como entidade familiar. (O mesmo Estado que não pode ingerir tem o dever de proteger - o Estado protege todos, mas, também, pode dizer o que, melhor, atende os anseios da coletividade, afinal, o Estado é o Povo!)

Art. 15 - A união homoafetiva faz jus a todos os direitos assegurados à união
heteroafetiva no âmbito do Direito das Famílias e das Sucessões, entre eles:
I – direito ao casamento;
II – direito à constituição de união estável e sua conversão em
casamento;
III – direito à escolha do regime de bens;
IV – direito ao divórcio;
V – direito à filiação, à adoção e ao uso das práticas de reprodução
assistida;
VI – direito à proteção contra a violência doméstica ou familiar;
VII – direito à herança, ao direito real de habitação e ao direito à
concorrência sucessória.

Art. 16 - São garantidos aos companheiros da união homoafetiva todos os
demais direitos assegurados à união heteroafetiva, como os de natureza
previdenciária, fiscal e tributária.

Art. 17 - O companheiro estrangeiro tem direito à concessão de visto de
permanência no Brasil, em razão de casamento ou constituição de união
estável com brasileiro, uma vez preenchidos os requisitos legais.

Art. 18 - A lei do País em que a família homoafetiva tiver domicílio determina as
regras do Direito das Famílias.

Art. 19 - Serão reconhecidos no Brasil os casamentos, uniões civis e estáveis
realizados em países estrangeiros, desde que cumpridas as formalidades
exigidas pela lei do País onde foi celebrado o ato ou constituído o fato.

VI - DIREITO E DEVER À FILIAÇÃO, À GUARDA E À ADOÇÃO
Art. 20 - É reconhecido o direito ao exercício da parentalidade, em relação aos
filhos biológicos, adotados ou socioafetivos, individualmente ou em união
homoafetiva, independente da orientação sexual ou identidade de gênero.

Art. 21 - É garantido o acesso às técnicas de reprodução assistida particular ou
por meio do Sistema Único de Saúde – SUS, de forma individual ou conjunta.
§ 1º - É admitido o uso de material genético do casal para práticas
reprodutivas.

Art. 22 - O exercício dos direitos decorrentes do poder familiar não pode ser
limitado ou excluído em face da orientação sexual ou da identidade de gênero.

Art. 23 - Não pode ser negada a habilitação individual ou conjunta à adoção de
crianças e adolescentes, em igualdade de condições, em decorrência da
orientação sexual ou identidade de gênero dos candidatos.

Art. 24 - Não pode ser negada a guarda ou a adoção individual ou conjunta de
crianças e adolescentes em decorrência da orientação sexual ou identidade de
gênero de quem está habilitado para adotar.

Art. 25 - É assegurada licença-natalidade a qualquer dos pais, sem prejuízo do
emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta dias.
§ 1º - Durante os 15 dias após o nascimento, a adoção ou a concessão da
guarda para fins de adoção, a licença-natalidade é assegurada a ambos
os pais.
§ 2º - O período subsequente será gozado por qualquer deles, de forma
não cumulada.

Art. 26 - Estabelecido o vínculo de filiação socioafetiva, é assegurado o
exercício do poder familiar, ainda que o casal esteja separado.

Art. 27 - Quando da separação, a guarda será exercida de forma
compartilhada, independente da existência de vínculo biológico do genitor com
o filho.
Art. 28 - A guarda unilateral somente será deferida quando comprovada ser
esta a mais favorável ao desenvolvimento do filho, sendo assegurada a quem
revelar maior vínculo de afinidade e afetividade.

Art. 29 - O direito de convivência é assegurado aos pais bem como aos seus
familiares.
Art. 30 - O dever de sustento e educação é de ambos os pais, mesmo depois
de cessada a convivência.
Art. 31 - O filho não pode ser discriminado pela família ao revelar sua
orientação sexual ou identidade de gênero.
§ 1º - A expulsão do lar do filho menor de idade gera responsabilidade por
abandono material e obrigação indenizatória aos genitores, guardiães ou
responsáveis.
Art. 32 - Nos registros de nascimento e em todos os demais documentos
identificatórios, tais como carteira de identidade, título de eleitor, passaporte,
carteira de habilitação, não haverá menção às expressões “pai” e “mãe”, que
devem ser substituídas por “filiação”. (tenho muita dificuldade de "engolir" esta exigência! Eu gosto da colocação "pai" e "mãe", principalmente "mãe" - a maternidade é linda! Existem questões sentimentais em análise! Mas não posso ver a efetivação da minha vontade porque um grupo da sociedade, que pensa diferente, discorda porque não podem viver a maternidade e paternidade!? É mais que um termo, portanto, um sentimento! Isto é mais do que "enfiar goela abaixo"! Se quiserem, que coloquem filiação nos casos relacionados a eles - não tenho nada contra, agora, eu ter de aderir as suas vontades, é pedir demais, em um Estado Democrático de Direito!!! )

VII - DIREITO À IDENTIDADE DE GÊNERO

Art. 33 - Transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais têm direito à livre
expressão de sua identidade de gênero.
Art. 34 - É indispensável a capacitação em recursos humanos dos profissionais
da área de saúde para acolher transexuais, travestis, transgêneros e
intersexuais em suas necessidades e especificidades.
Art. 35 - É assegurado acesso aos procedimentos médicos, cirúrgicos e
psicológicos destinados à adequação do sexo morfológico à identidade de
gênero.
Parágrafo único - É garantida a realização dos procedimentos de
hormonoterapia e transgenitalização particular ou pelo Sistema Único de Saúde
– SUS.
Art. 36 - Não havendo risco à própria vida, é vedada a realização de qualquer
intervenção médico-cirúrgica de caráter irreversível para a determinação de
gênero, em recém-nascidos e crianças diagnosticados como intersexuais.
Art. 37 - Havendo indicação terapêutica por equipe médica e multidisciplinar de
hormonoterapia e de procedimentos complementares não-cirúrgicos, a
adequação à identidade de gênero poderá iniciar-se a partir dos 14 anos de
idade.
Art. 38 - As cirurgias de redesignação sexual podem ser realizadas somente a
partir dos 18 anos de idade.
Art. 39 - É reconhecido aos transexuais, travestis e intersexuais o direito à
retificação do nome e da identidade sexual, para adequá-los à sua identidade
psíquica e social, independentemente de realização da cirurgia de
transgenitalização.
Art. 40 - A sentença de alteração do nome e sexo dos transexuais, travestis e
intersexuais será averbada no Livro de Registro Civil de Pessoas Naturais.
Parágrafo único - Nas certidões não podem constar quaisquer referências à
mudança levada a efeito, a não ser a requerimento da parte ou por
determinação judicial.
Art. 41 - Quando houver alteração de nome ou sexo decorrente de decisão
judicial é assegurada a retificação em todos os outros registros e documentos,
sem qualquer referência à causa da mudança.
Art. 42 - O alistamento militar de transexuais, travestis e intersexuais ocorrerá
em data especial e de forma reservada, mediante simples requerimento
encaminhado à Junta do Serviço Militar.
Art. 43 - Será concedido ou cancelado o Certificado de Alistamento Militar –
CAM, mediante a apresentação do mandado de averbação expedido ao
Registro Civil.
Art. 44 - É garantido aos transexuais, travestis e intersexuais que possuam
identidade de gênero distinta do sexo morfológico o direito ao nome social, pelo
qual são reconhecidos e identificados em sua comunidade:
I – em todos os órgãos públicos da administração direta e indireta, na esfera
federal, estadual, distrital e municipal;
II – em fichas cadastrais, formulários, prontuários, entre outros documentos
do serviço público em geral;
III – nos registros acadêmicos das escolas de ensino fundamental, médio e
superior.

Art. 45 - Em todos os espaços públicos e abertos ao público é assegurado o
uso das dependências e instalações correspondentes à identidade de gênero. (não entendi. Seria uma banheiro "masculino", um "feminino" e um "identidade de gênero"? Então poderia ser, também, outro para o negro, para o idoso, para o japonês, ... não gosto destes excessos!)

VIII - DIREITO À SAÚDE
Art. 46 - É vedada aos profissionais da área da saúde a utilização de
instrumentos e técnicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas
ou estereótipos de discriminação em relação à livre orientação sexual.
Art. 47 - É proibida qualquer discriminação por orientação sexual ou identidade
de gênero em hospitais, ambulatórios, postos de saúde e consultórios médicos.

Art. 48 - É obrigatória a inclusão do quesito orientação sexual e identidade de
gênero nos formulários e prontuários de informação nos sistemas hospitalares
públicos e privados (se for inclusão tudo bem, mas tirar "masculino" e "feminino", para colocar "orientação sexual" ou "identidade de gênero", discordo! Não se pode respeitar um novo entendimento em detrimento de outro!).
Art. 49 - É garantido acesso aos serviços universais e igualitários do Sistema
Único de Saúde – SUS, independentemente de orientação sexual ou
identidade de gênero.
Art. 50 - A orientação sexual ou identidade de gênero não pode ser usada
como critério para seleção de doadores de sangue.
Parágrafo único - As entidades coletoras não podem questionar a orientação
sexual de quem se apresenta voluntariamente como doador.
Art. 51 - Os leitos de internação hospitalar devem respeitar e preservar a
identidade de gênero dos pacientes.
Art. 52 - Médicos, psicólogos e demais profissionais da área da saúde não
podem exercer qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homossexuais e nem adotar ação coercitiva
tendente a orientar homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis,
transgêneros ou intersexuais a submeterem-se a tratamentos não solicitados.

Art. 53 - É proibido o oferecimento de tratamento de reversão da orientação
sexual ou identidade de gênero, bem como fazer promessas de cura. (aqui, quando a igreja for procurada pelo homossexual, não poderá ajudá-lo! Pior, não poderá oferecer a cura espiritual, com base na sua crença! Ressalte-se que oferecer não é "enfiar gole abaixo"!! )

IX - DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS
Art. 54 - São garantidos iguais direitos previdenciários a todas as pessoas,
independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.
Art. 55 - É vedada às instituições de seguro ou de previdência, públicas ou
privadas, negar qualquer espécie de benefício tendo por motivação a condição
de homossexual, lésbicas, bissexual, transexuais, travestis, transgêneros ou
intersexuais do beneficiário.
Art. 56 - As operadoras de plano de saúde não podem impedir ou restringir a
inscrição como dependente no plano de saúde, do cônjuge ou do companheiro
homoafetivo do beneficiário.
Art. 57 - O cônjuge ou o companheiro homoafetivo tem direito à pensão por
morte, auxílio-reclusão e a todos os demais direitos, na condição de
beneficiário junto ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS.
Art. 58 - O cônjuge ou o companheiro da união homoafetiva tem direito, na
condição de dependente preferencial, a perceber a indenização em caso de
morte, como beneficiário do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados
por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas
Transportadas ou não – Seguro DPVAT.
X - DIREITO À EDUCAÇÃO
Art. 59 - Os estabelecimentos de ensino devem coibir, no ambiente escolar,
situações que visem intimidar, ameaçar, constranger, ofender, castigar,
submeter, ridicularizar, difamar, injuriar, caluniar ou expor aluno a
constrangimento físico ou moral, em decorrência de sua orientação sexual ou
identidade de gênero.

Art. 60 - Os profissionais da educação têm o dever de abordar as questões de
gênero e sexualidade sob a ótica da diversidade sexual, visando superar toda
forma de discriminação, fazendo uso de material didático e metodologias que
proponham a eliminação da homofobia e do preconceito. (aqui está o "kit gay". Propor a eliminação da homofobia é muito diferente de fazer apologia! O "kit gay" faz apologia. o governo precisa proteger este grupo social tal como protege os demais... faça uma campanha contra todo e qualquer tipo de discriminação, inclusive aos homossexuais!)

Art. 61 - Os estabelecimentos de ensino devem adotar materiais didáticos que
não reforcem a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de
gênero.

Art. 62 - Ao programarem atividades escolares referentes a datas
comemorativas (Outro exagero! Não poderá haver comemorações: Dia dos Pais, Dia das Mães,... já disse que vai além de uma denominação - é uma questão psiquico-sentimental! O Estado evita constrangimento para filhos de famílias homoafetivas e constrange demais famílias! está certo isto! Como é bom ir na escola, no "Dia das Mães/dos Pais", oportunidade em que os filhos nos honram, reconhecem o nosso valor,... o comércio se prepara,... há todo um contexto!! Tudo deve mudar porque este grupo assim o quer! Não gosto deste excesso que, ao invés de ensinar respeito, cria "birra" contra este grupo! Sugiro, mais uma vez, que atentem para os excessos!!!), as escolas devem atentar à multiplicidade de formações
familiares, de modo a evitar qualquer constrangimento dos alunos filhos de
famílias homoafetivas.
Art. 63 - Os professores, diretores, supervisores, psicólogos, psicopedagogos e
todos os que trabalham em estabelecimentos de ensino têm o dever de evitar
qualquer atitude preconceituosa ou discriminatória contra alunos filhos de
famílias homoafetivas.
Art. 64 - O poder público deve promover a capacitação dos professores para
uma educação inclusiva, bem como ações com o objetivo de elevar a
escolaridade de homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis,
transexuais e intersexuais, de modo a evitar a evasão escolar.
Art. 65 - Nas escolas de ensino fundamental e médio e nos cursos superiores,
é assegurado aos transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais, no ato da
matrícula, o uso do nome social o qual deverá constar em todos os registros
acadêmicos.
XI - DIREITO AO TRABALHO
Art. 66 - É assegurado o acesso ao mercado de trabalho a todos,
independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.
Art. 67 - É vedado inibir o ingresso, proibir a admissão ou a promoção no
serviço privado ou público, em função da orientação sexual ou identidade de
gênero do profissional.

Art. 68 - Quando da seleção de candidatos, não pode ser feita qualquer
distinção ou exclusão com base na sua orientação sexual ou identidade de
gênero. (se o homossexual for candidato a trabalhar em uma igreja ou empresa que trabalhe com cristãos, contrários ao homossexualismo por convicção religiosa, não poderá se negar a contrata-lo - penso que esta deveria ser uma exceção à regra, pelo Direito a Liberdade Religiosa mas, ressalto que a maneira como deverá ser feita esta justificativa deve respeitar a liberdade sexual ou identidade de gênero, tal como se dá com a liberdade religiosa! )

Art. 69 - Constitui prática discriminatória estabelecer ou manter diferenças
salariais entre empregados que trabalhem nas mesmas funções em
decorrência da orientação sexual ou identidade de gênero.
Art. 70 - Configura discriminação demitir, de forma direta ou indireta
empregado, em razão da orientação sexual ou identidade de gênero.
Art. 71 - O poder público adotará programas de formação profissional, de
emprego e de geração de renda voltadas a homossexuais, lésbicas,
bissexuais, transexuais, travestis, transexuais e intersexuais, para assegurar a
igualdade de oportunidades na inserção no mercado de trabalho.
Art. 72 - É assegurado aos transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais,
o registro do nome social na Carteira de Trabalho e nos assentamentos
funcionais, devendo assim serem identificados no ambiente de trabalho.
Art. 73 - A administração pública assegurará igualdade de oportunidades no
mercado de trabalho a travestis e transexuais, transgêneros e intersexuais,
atentando ao princípio da proporcionalidade.
Parágrafo único - Serão criados mecanismos de incentivo a à adoção de
medidas similares nas empresas e organizações privadas.
Art. 74 - A administração pública e a iniciativa privada devem promover
campanhas com o objetivo de elevar a qualificação profissional de travestis e
transexuais, transgêneros e intersexuais.

XII - DIREITO À MORADIA
Art. 75 - É proibida qualquer restrição à aquisição ou à locação (aqui, também, penso que deveria haver uma exceção para os cristãos, principalmente, se o imóvel for no mesmo terreno que o do dono, a fim de evitar problemas na convivência - também, focando a Liberdade Religiosa) de imóvel em
decorrência da orientação sexual ou identidade do adquirente ou locatário.

Art. 76 - Os agentes financeiros públicos ou privados devem assegurar acesso
às entidades familiares homoafetivas para a aquisição da casa própria.
Parágrafo único - É assegurada a conjugação de rendas do casal para a
concessão de financiamento habitacional.
Art. 77 - A administração do imóvel ou do condomínio deve inibir qualquer
conduta que configure prática discriminatória, na forma deste Estatuto, sob
pena de responsabilização por dano moral.
Art. 78 - Os programas, projetos e outras ações governamentais, no âmbito do
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, devem considerar as
peculiaridades sociais e econômicas, decorrentes da orientação sexual e de
gênero.
Art. 79 - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem estimular e
facilitar a participação de organizações e movimentos sociais na composição
dos conselhos constituídos para fins de aplicação do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social – FNHIS.
XIII - DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA E À SEGURANÇA
Art. 80 - As demandas que tenham por objeto os direitos decorrentes da
orientação sexual ou identidade de gênero devem tramitar em segredo de
justiça.
Art. 81 - Para fins de levantamentos estatísticos é obrigatória a identificação
das ações que tenham por objeto os direitos decorrentes da orientação sexual
ou identidade de gênero.
Art. 82 - As ações não-criminais são da competência das Varas de Família e os
recursos devem ser apreciados por Câmaras Especializadas em Direito de
Família dos Tribunais de Justiça, onde houver.

Art. 83 - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem criar centros de
atendimento especializado para assegurar atenção à homossexuais, lésbicas,
bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais em situação de violência, de
modo a garantir sua integridade física, psíquica, social e jurídica. (discordo de o Estado ter de criar atendimento específico - buscam a igualdade só quando lhes convém? O Estado deverá dar atendimento à todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero)

Art. 84 - Devem ser criadas delegacias especializadas para o atendimento de
denúncias por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero. (Também não vejo necessidade de uma delegacia especial para denuncias, salvo se for comprovada demanda que exceda igual ou maior a 50% dos atendimentos feitos nas delegacias. Já pensou se cada tipo penal fosse atendido por uma delegacia específica?! O Estado teria estrutura financeira para este atendimento?)

Art. 85 - É assegurada visita íntima nos presídios, independente da orientação
sexual ou identidade de gênero do preso.
Art. 86 - O encarceramento no sistema prisional deve atender à identidade
sexual do preso, ao qual deve ser assegurada cela separada se houver risco à
sua integridade física ou psíquica. (discordo de cela separada, inclusive para quem possui nível superior - criminoso é crimonoso.)
Art. 87 - É assegurado às vítimas de discriminação a assistência do Estado
para acolhimento, orientação apoio, encaminhamento e apuração de práticas
delitivas. (Já é assegurado, pelo menos pela norma - pra que outra?)

Art. 88 - O Estado deve implementar políticas públicas de capacitação e
qualificação dos policiais civis e militares e dos agentes penitenciários, para
evitar discriminação motivada por orientação sexual ou identidade de gênero. (concordo)

Art. 89 - O Estado adotará medidas especiais para coibir a violência policial
contra homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros
e intersexuais.(concordo)

Art. 90 - O Estado deve implementar ações de ressocialização e proteção da
juventude em conflito com a lei e exposta a experiências de exclusão social em
face de sua orientação sexual ou identidade de gênero. (aqui a mesma situação: o Estado tem de buscar proteger e ressocializar crianças e adultos em situação de rua, ex presidiários, ... por que desigualar? Não vejo necessidade deste artigo, se for para especializar)
Art. 91 - O poder público deve criar centros de referência contra a
discriminação na estrutura nas Secretarias de Segurança Pública, objetivando
o acolhimento, orientação, apoio, encaminhamento e apuração de denúncias
de crimes motivados por orientação sexual e identidade de gênero.

XIV - DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Art. 92 - É assegurado respeito aos homossexuais, lésbicas, bissexuais,
transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais, de modo a terem
preservadas a integridade física e psíquica, em todos os meios de
comunicação de massa, como rádio, televisão, peças publicitárias, internet e
redes sociais. (todos precisam ter preservadas a integridade física e psíquica!)

Art. 93 - Os meios de comunicação não podem fazer qualquer referência de
caráter preconceituoso ou discriminatório em face da orientação sexual ou
identidade de gênero. (concordo, salvo se a referencia disser respeito a garantia a Liberdade Religiosa - se o programa for cristão, fará menções relacionadas a Bíblia, que é o seu código de conduta; assim, não há de se considerar como caráter preconceituoso e/ou discriminatório)

Art. 94 - Constitui prática discriminatória publicar, exibir a público, qualquer
aviso sinal, símbolo ou emblema que incite (possibilita a analise subjetiva, portanto, perigoso à Lliberdade religiosa) à intolerância.

XV - DAS RELAÇÕES DE CONSUMO
Art. 95 - Todo o consumidor tem direito a tratamento adequado,
independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Art. 96 - Configura prática discriminatória negar o fornecimento de bens ou
prestação de serviços ao consumidor em decorrência de sua orientação sexual
ou identidade de gênero.
Art. 97 - Nenhum consumidor pode receber tratamento diferenciado em
detrimento de outro por serem homossexuais, lésbicas, bissexuais,
transexuais, travestis, transgênero e intersexuais.
Art. 98 - Nenhum estabelecimento público ou aberto ao público pode impedir
acesso ou estabelecer restrições em face da orientação sexual ou identidade
de gênero.
Art. 99 - Os serviços públicos e privados devem capacitar seus funcionários
para melhoria de atenção e acolhimento das pessoas, evitando qualquer
manifestação de preconceito e discriminação sexual e identidade de gênero. (evitando qualquer preconceito)
XVI - DOS CRIMES
Crime de homofobia
Art. 100 - Praticar condutas discriminatórias ou preconceituosas previstas neste
Estatuto em razão da orientação sexual ou identidade de gênero,
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
§ 1º - Incide na mesma pena toda a manifestação que incite o ódio ou
pregue a inferioridade de alguém em razão de sua orientação sexual ou
de identidade de gênero.
Indução à violência
Art. 101 - Induzir alguém à prática de violência de qualquer natureza motivado
por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além da pena aplicada à violência.
Discriminação no mercado de trabalho
Art. 102 - Deixar de contratar alguém ou dificultar a sua contratação, quando
atendidas as qualificações exigidas para o cargo ou função, motivado por
preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço se a discriminação se dá no
acesso aos cargos, funções e contratos da administração pública.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem, durante o contrato de trabalho ou
relação funcional, discrimina alguém motivado por preconceito de sexo,
orientação sexual ou identidade de gênero.
Discriminação nas relações de consumo
Art. 103 - Recusar ou impedir o acesso de alguém a estabelecimento comercial
de qualquer natureza ou negar-lhe atendimento, motivado por preconceito de
sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
Art. 104 - Todo o delito em que ficar evidenciada a motivação homofóbica (legislou de forma genérica, o que já abrangeria todos os delitos anteriormente mencionados) terá
a pena agravada em um terço.

XVII - DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Art. 105 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem adotar
políticas públicas destinadas a conscientizar a sociedade da igual dignidade
dos heterossexuais, homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis,
transgêneros e intersexuais. (conscientizar que todos são iguais, mas não especificar - não há necessidade! Se são iguais, por que desigualar??)

Art. 106 - A participação em condição de igualdade de oportunidade, na vida
econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente,
por meio de:
I – inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social;
II – modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado
enfrentamento e a superação das desigualdades decorrentes do preconceito
e da discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero;
III – promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à
discriminação e às desigualdades em todas as manifestações individuais,
institucionais e estruturais;
IV – eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que
impedem a representação da diversidade sexual nas esferas pública e
privada;
V – estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil
direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às
desigualdades, inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios
de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos;
VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao
enfrentamento das desigualdades no tocante à educação, cultura, esporte e
lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de
massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.
Art. 107 - Na implementação dos programas e das ações constantes dos
Planos Plurianuais e dos Orçamentos Anuais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios deverão ser observadas as políticas públicas que tenham
como objetivo promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social de
homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros e
intersexuais, especialmente no que tange a: (promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social para todos, não só para este grupo! Mais uma vez, desigualando!)

I – promoção da igualdade de oportunidades para acesso à saúde,
educação, emprego e moradia;
II – incentivo à criação de programas e veículos de comunicação destinados
à combater o preconceito, a discriminação e à homofobia;
III – apoio a programas e projetos dos governos federal, estaduais, distritais,
municipais e de entidades da sociedade civil voltados para promover a
inclusão social e a igualdade de oportunidades.
XVIII - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 108 - As medidas instituídas nesta Lei não excluem outras em prol dos
homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros e
intersexuais que tenham sido ou venham a ser adotadas no âmbito da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Art. 109 - O Poder Executivo federal criará instrumentos para aferir a eficácia
social das medidas previstas nesta Lei e efetuará seu monitoramento
constante, com a emissão e a divulgação de relatórios periódicos, inclusive
pela rede mundial de computadores.
Art. 110 - (elencar os dispositivos do anexo a serem alterados, acrescidos ou
excluídos).
Art. 111 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

MINHAS REFLEXÕES:

Já procurei fazê-las anotando no próprio texto do esboço desta norma, mas há duas observações que quero ressaltar:

1. Percebam que a norma exige do Estado proteção a este grupo da sociedade, mas não o deixa interferir com qualquer contraposição. Tipo assim: ou faz o que queremos e "cala a boca" ou deixará de observar direito constitucional à liberdade sexual, liberdade de expressão...; Porém, quando o Estado se manifesta para tentar assegurar, também, o direito constitucional a liberdade de culto, a liberdade crença, a liberdade religiosa, a fim de evitar a garantia de um direito em detrimento de outro, esta ação é vista uma "ingerência". Difícil, né?

Vejo que se busca colocar muitos artigos (111 - cento e onze) em uma norma que poderia ter, apenas, 04 (quatro): um que disciplina a matéria; outro que a especifica, outro que penalisa e outro que determina a sua vigência! Isto é Legística! Por que tantos artigos? Porque repetem o que já existe no ordenamento jurídico, mas especifíca para este grupo! Se existe para todos, por que especificar? Se buscam a igualdade, por que desigualar???

2. Outra observação está para os excessos. Vemos vários excessos, a ponto de pensarmos que a única coisa que importa no ordenamento jurídico é a proteção deste segmento da sociedade! Parece que sentem-se tão excluídos que querem excluir, "também"! Vejo "uma briga de braço", medição de força para ver quem ganha! Quando pensamos em uma norma, precisamos pensar nos impactos que dela decorrem. Não somos os únicos que precisam de proteção! Vejam que difícil para o Estado/Legislativo,... o segredo é encontrar o equilíbrio, tão sonhado! Se o debate for pelo caminho de "quem pode mais chora menos", o resultado pode ficar muito distante da democracia! É preciso que busquemos proteger a todos contra todo e qualquer tipo de discriminação. Simples assim.

Tem situações que será preciso um tempo para que a sociedade assimile, já que a cultura é uma raíz tão importante, que é fonte de Direito! Não se pode desprezar uma história, ainda que se veja a necessidade de adequá-la às novas realidades, tecnologia,... É preciso ter muita sensibilidade, ética, respeito, para que a mudança chegue como solução e não como conflito!

Caso não se consiga um consenso, por via democracia representativa, será preciso se apropriar da democracia participativa, promovendo um plebiscito que, certamente, demostrará a vontade do Povo!

Este grupo da sociedade sabe que este é o melhor meio, no sentido de chegarmos mais próximo da democracia; no entanto, sabe, também, que o povo, ainda, não está tão resolvido sobre as questões relacionadas a este grupo, assim, o plebiscito não lhes interessa, por enquanto!

Desta forma, resta aos atores deste cenário, exercerem o "ius sperniandi" (direito de espernear), lutando para que se faça a mais cristalina Justiça!!! Apesar de que "Justiça", também, é um termo que abre um leque para a interpretação subjetiva!

Por fim, enquanto cada segmento defende o que entende justo, faço, aqui, a minha parte, contra o PLC 122 e contra os excessos do "Estatuto da Diversidade Sexual"!

PLC 122/2006 e Estatuto da Diversidade Sexual - Fiquemos atentos!!!!!!!!

Twitter @ContraPL122 vai engajar-se na luta contra o Estatuto da Diversidade Sexual, revela administrador do perfil

Considerado mais temeroso do que o PLC 122/2006, o Estatuto da Diversidade Sexual ainda é desconhecido de grande parte da sociedade.

O Projeto de Lei 122/2006, também conhecido com lei da ‘homofobia’, por punir qualquer opinião contrária à prática do homossexualismo vem tramitando no legislativo federal há cerca de dez anos e tem gerado muitas polêmicas em Brasília. De um lado os parlamentares que levantam a bandeira do Movimento LGBT e portanto favoráveis ao PLC 122, e do outro lado aqueles contrários ao Projeto, por defenderem as liberdades de culto e de expressão, em particular os parlamentares evangélicos e católicos. Veja principais artigos polêmicos.

O PLC 122/2006 já entrou na pauta de votação em Comissões no Senado Federal por mais de uma vez, mas não tem conseguido avançar, principalmente pela forte pressão sobre os senadores, exercida por diversos segmentos da sociedade.

Em dezembro de 2011 o PL seria votado na Comissão de Direitos Humanos, mas temendo não conseguir votos para aprovação do mesmo, a relatora, senadora Marta Suplicy (PT/SP), retirou da pauta para, segundo ela, reexaminá-lo. O Projeto de Lei 122 será um dos assuntos que voltará à pauta novamente, neste ano, e certamente muita polêmica vai gerar.

No ano passado a luta pela internet ganhou um forte aliado, o Twitter @ContraPL122.

Abaixo a entrevista com José Carlos, responsável pelo perfil no microblog:

Holofote.Net: Quando o perfil @ContraPL122 iniciou suas atividades?

José Carlos: Começou no dia 01 de maio de 2011. Inicialmente pensei que não ia dar certo, até que alguns famosos, católicos e evangélicos, começassem a segui-lo.

HN: O que o levou a criar o perfil?

JC: Senti que o Espírito Santo direcionava-me a fazer isto.

HN: Você pertence a algum grupo religioso?

JC: Sou evangélico, porém esclareço que o Twitter não visa a difusão de doutrinas religiosas, mas somente objetiva esclarecer a sociedade brasileira dos perigos existentes no PLC 122, os quais colocam em risco as liberdades de culto e de expressão, asseguradas pela Constituição Federal.

HN: No ano passado, quando foi organizada uma grande manifestação em Brasília, contra o PLC 122, o pastor Silas Malafaia obteve grande apoio do perfil para a divulgação do evento, você tem alguma ligação com o pastor?

JC: Não tenho nenhuma ligação com o Pastor Silas Malafaia, nem com outros líderes religiosos e políticos. Conheci o pastor Malafaia pessoalmente, em dezembro de 2011.

HN: A administração do perfil é única ou tem mais pessoas envolvidas?

JC: Apesar de somente eu ter acesso à conta do perfil, as opiniões de outras pessoas são levadas em conta.

HN: Qual a repercussão que tem tido as mensagens postadas pelo perfil?

JC: A repercussão tem sim muito grande, já passamos de 32.500 seguidores, entre os quais, grandes nomes do meio evangélico, católico, e até o Jornal O Globo nos segue.

HN: No período dos debates aumenta a divulgação das mensagens postadas pelo perfil?

JC: Sim, aumenta. Porém, entendo que não deveria ser só nos períodos de debates. Devemos sempre estar prontos e divulgando nossa opinião, não podemos ser omissos.

HN: O perfil tem sofrido ameaças por parte ativistas do movimento LGBT?

JC: No início sofremos, hoje não mais. Só alguns gays que costumam usar palavras baixas para nos atacar. Isso fez-me lembrar na primeira semana do Twitter, quando um gay disse-me que não teríamos muitos seguidores e que um determinado perfil pró-PL122 tinha mais de 20 mil seguidores. Hoje, este mesmo Twitter está com quase o mesmo número de seguidores, enquanto o @ContraPL122 cresceu de forma significativa. O perfil chegou a ser retirado do ar pelo Twitter logo no início.

HN: Você entrou em contato com o Twitter solicitando informação do por quê o perfil ter sido retirado do ar?

JC: A principio não, só depois que começamos a denunciar a atitude deles, enviaram-nos um e-mail informando que a conta estaria de volta em 24 horas.

HN: Algum político ou autoridade pública já mandou mensagens de apoio à luta do perfil?

JC: Sim, mas é raro ver a luta deles, retuitando [ato de repassar a mensagem postada por um perfil] por exemplo, já que “lutam pela família”. Penso que deveriam apoiar mais esta causa. Aliás, não só eles, mas a maioria dos “famosos” que seguem o Twitter não repassam as postagens, nem mesmo quando pedimos, lamentavelmente. Talvez se repassassem sempre, a luta seria mais forte e haveria um engajamento maior por parte dos internautas. O apoio que temos recebido dos católicos é bem grande. O envolvimento dos tuiteiros da religião católica nesta causa é bem grande e intenso.

HN: Você pretende engajar-se somente nas questões relacionadas ao PLC 122?

JC: Não, pretendo expandir nossos horizontes e lutar em outras frentes a favor da família.

HN: Que outras questões, por exemplo, você pretende engajar-se para esclarecer a sociedade?

JC: O Estatuto da Diversidade Sexual está na nossa lista. Os ideais deste Estatuto, segundo esclarecimentos feito pelo Assessor Jurídico Zenóbio Fonseca a um canal de TV, é o maior ataque legislativo contra os valores cristãos e familiares no Brasil, bem pior que o PLC 122 e quase ninguém tem conhecimento. Isto certamente nos levará a ampliar o debate e alertar a sociedade para essa nova frente.

HN: Este Estatuto já está em andamento?

JC: Sim. Em agosto do ano passado, membros da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT e da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregaram ao presidente do Senado, José Sarney, o anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual.

HN: Você pode citar alguns artigos polêmicos do Estatuto da Diversidade Sexual?

JC: Ao tomar conhecimento dos detalhes citados pelo Assessor Jurídico Zenóbio, fiquei impressionado com vários artigos. O artigo 32, por exemplo, estabelece sobre o fim das expressões “pai” e “mãe” em todos os documentos, os quais deverão ser substituídos por “filiação”, visando evitar constrangimentos ao se colocar ’pai’ e ‘pai’ e ‘mãe’ e ‘mãe’.

No artigo 60 podemos ver um apoio explícito ao que ficou conhecido recentemente como ‘kit gay’, quando diz que professores deverão fazer uso “de material didático e metodologias que proponham a eliminação da homofobia e do preconceito”. Ou seja, entendo que se o Estatuto for aprovado, o maldito kit voltará novamente ao debate. Temos que lutar o quanto antes.

Outro artigo que também chamou-me muito a atenção foi o 62. Estaria o legislador pretendendo acabar com as comemorações dos dias dos pais e das mães para se evitar constrangimentos aos filhos dos ‘casais’ homossexuais? Criariam eles o dia da família para englobar, além da família hetero, a homossexual? Acabariam com a memoráveis datas? É muito assustador.

HN: Há alguma meta específica para o ano de 2012?

JC: Sim, além de engajar em outras frentes, a pretensão também é obter apoio de grandes nomes da política brasileira, e alcançar o maior número possível de pessoas famosas ou anônimas. Além do perfil no Twitter, temos também uma página no Facebook e visamos colocar no ar um site oficial Contra PL 122.

HN: O PLC 122 seria votado na Comissão de Assuntos Sociais, em dezembro de 2011, mas devido a falta de alguns senadores, e percebendo que poderia perder na votação, a senadora Marta Suplicy retirou o Projeto de votação. Muita gente entendeu que o Projeto foi arquivado. O perfil pretende fazer alguma ação especial para alertar que o PL 122 entrará novamente na pauta de votação?

JC: eu e aqueles que comigo estão nesta batalha estamos atentos. Assim que sair algum anúncio de que o PLC 122 estará em votação, alertaremos os nossos seguidores e podemos pensar em algum tipo de manifestação mais sólida.

Fonte: http://holofote.net

Artigo seguinte: Minha análise sobre o "Estatuto da Diversidade Sexual"...